Bolsonaro diz que não vai mais tomar vacina contra Covid e que sua imunidade ‘está lá em cima’

Vivian Chagas (*)
@vivisccp
13/10/2021 às 14:42.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:03
 (Repodução/TV Globo )

(Repodução/TV Globo )

Nesta quarta-feira (13), momento em que o Brasil registra mais de 600 mil mortes pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, que decidiu não tomar a vacina contra a doença, já que "a imunização dele está lá em cima”.

Bolsonaro argumentou que tem anticorpos contra a doença porque já teve Covid, o que tornaria, na opinião dele, a vacinação desnecessária.

“Eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, a minha imunização está lá em cima, para que vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa que você jogar R$ 10 na loteria para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso”, declarou ele, que em declarações públicas e entrevistas anteriores já havia dito que seria o último brasileiro a se vacinar no país.

Após ter sido impedido de assistir ao jogo do Santos na Vila Belmiro por não estar imunizado contra o novo coronavírus, Bolsonaro também voltou a se posicionar contra o passaporte da vacina. “Exigir a vacina, eu não posso concordar. Para mim, liberdade acima de tudo”, disse à rádio.

Aos 66 anos, o presidente, que está dentro do grupo de risco para Covid-19, já poderia ter sido vacinado há meses de acordo com o calendário de imunização nacional. 

Bolsonaro também chegou a questionar a eficácia das vacinas quando testou positivo para a doença, em agosto do ano passado. Além de não incentivar a vacinação, o presidente também ignora, com frequência, as medidas de proteção sanitárias recomendadas pelas organizações de saúde mundiais, como o uso de máscaras e o distanciamento social. 

A Organização Mundial da Saúde orienta que mesmo quem já foi infectado pelo coronavírus deve se imunizar. A razão para isso seria que a vacinação produz uma proteção mais duradoura do que a resultante de infecção natural pela doença.

Além disso, a imunização, apontam os cientistas, deve mobilizar a sociedade inteira para ser mais eficiente. Ao receber a proteção contra o vírus, a pessoa também resguarda os demais, à medida que contribui para restringir a circulação do vírus. 

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