Indústria

CNI comemora indicação de Geraldo Alckmin para o Ministério do Desenvolvimento

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
22/12/2022 às 15:45.
Atualizado em 22/12/2022 às 15:50
 (Reprodução/Freepik)

(Reprodução/Freepik)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), anunciada nesta quinta-feira (22) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A entidade também viu como um sinal positivo a indicação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para a chefia da nova pasta. 

Na opinião do presidente da entidade, Robson Andrade, a escolha pelo nome de Alckmin mostra comprometimento do futuro governo com a retomada do crescimento industrial no Brasil. “O MDIC estará em muito boas mãos. O futuro ministro é um político hábil, com a experiência de ter governado o Estado mais industrializado do país e conhecimento do que é necessário para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria”, afirmou o presidente da CNI.

A recriação do ministério foi um pleito apresentado pela CNI a todos os candidatos à presidência durante a campanha eleitoral. Mas o nome de Geraldo Alckmin não era a primeira escolha de Lula. 

Ainda nesta semana, o petista recebeu a negativa de dois nomes convidados para assumir o ministério. Um deles, o favorito de Lula, era o filho do ex-vice-presidente José de Alencar e atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o empresário Josué Gomes. Outro que também rejeitou o convite foi Pedro Wongtschowski, presidente do grupo Ultra e apoiador da candidatura de Simone Tebet à presidência.

A CNI estima que, com a condução correta, a indústria aumentará sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 22% para 25% nos próximos quatro anos. Segundo a CNI, essa presença mais ampla do setor industrial na economia tem um efeito em cascata pois, “cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,44 na economia nacional como um todo”, afirmam.

Temerosos

A manifestação otimista da CNI é diferente da manifestada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, durante a divulgação do balanço anual da entidade. 

“O cenário de incertezas políticas também traz uma nuvem para os investidores. Ainda não está impactado nos números, mas houve uma redução de expectativa de investimento dos empresários. As primeiras decisões do governo deixam os setores muito apreensivos, todo mundo sem saber entender os fatos e que não estão indo na direção correta. Várias medidas fundamentais para o Brasil sair da crise melhor que outros países começam a ser abaladas”, destacou. 

Roscoe disse que essas novas políticas afetam os investidores, apesar de não mudar o panorama de quem já está com projetos em andamento.

Leia mais:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por