
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), decidiu judicializar a greve dos professores da rede municipal, que chegou ao 22º dia nesta sexta-feira (27). O político também afirmou que irá “cortar o ponto” dos profissionais que não trabalharam durante a paralisação.
“A PBH sempre esteve presente em todas as reuniões para apresentar sua posição, mas a greve chegou a esse ponto. Temos que recorrer à Justiça agora. Vamos judicializar a greve e esperamos que a Justiça entenda que o que fizemos para todas as outras categorias é o que queremos fazer com o sindicato dos professores”, disse o prefeito.
Segundo Damião, outras categorias aceitaram o reajuste de 2,49%, com exceção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH). O índice, de acordo com o sindicato, está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério para 2025, fixado em 6,27%.
“Todas as categorias, sem exceção, aceitaram as propostas sem nenhum problema. Infelizmente, não conseguimos atender ao que eles reivindicam. Precisamos ter responsabilidade com os recursos que temos para administrar”, declarou Damião.
O prefeito ainda revelou que os professores que aderiram à greve não receberão os valores referentes aos dias não trabalhados.
“Semana que vem já é o momento de encaminhar as folhas de ponto para todos os professores e professoras, e eles vão perceber que os dias de greve serão descontados. Não existe a possibilidade de pagar alguém que não foi trabalhar; a lei não me permite fazer isso.”
No fim do dia, a PBH informou que acionou o Tribunal de Justiça com um pedido de declaração de ilegalidade da greve.
O Sindicato que representa os professores, o Sind-Rede/BH, informou ainda não ter sido comunicado oficialmente sobre a chegada da questão à Justiça; afirmou ainda que a greve atende às previsões legais e classificou medidas da PBH de “autoritárias”. Nova assembleia está marcada para 1º de julho.
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