Insegurança

Deputada Andréia de Jesus solicita reforço na escolta policial após sofrer nova ameaça de morte

Jader Xavier
@ojaderxavierjsbarbosa@hojeemdia.com.br
16/09/2022 às 17:15.
Atualizado em 16/09/2022 às 18:25
 (Luiz Santana / ALMG)

(Luiz Santana / ALMG)

A deputada estadual Andréia de Jesus (PT) solicitou à presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reforço na proteção policial após receber uma nova ameaça de morte.

Na madrugada dessa quinta-feira (15), um e-mail com o assunto “Já estamos contando as balas”, foi enviado para a conta do gabinete da deputada, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa. O remetente se nomeou como “Comando da Caça aos Comunistas de Minas Gerais”.

O texto faz menções a Marielle Franco, vereadora carioca que foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro em 2018, e ao coronel do Exército Brasileiro Carlos Brilhante Ustra, apontado como autor e mandante de diversas torturas durante a ditadura militar e tratado como herói pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

“Deputada Andreia de Jesus vou ser direto. Estamos cansados de seus ataques a família mineira. Por isso vamos eliminar você. Vai ser com tiros nas nádegas e pelas costas pois os traidores merecem. Você nem vai ver o que te atingiu. Seus dias estão contados e seu fim é questão de tempo. Muito pouco tempo. Marielle te espera. Ustra vive! Selva!”, dizia o texto enviado.

(Divulgação)

(Divulgação)

A assessoria da deputada Andréia de Jesus afirmou, nesta sexta-feira (16), que a Polícia Legislativa foi acionada e um boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, que investiga essa e outras ameaças sofridas pela parlamentar. É o 14º boletim de ocorrência registrado pela deputada.

Além do reforço na escolta, o gabinete vai solicitar à ALMG a disponibilização de um carro blindado, já que as ameaças estão envolvendo armas de fogo.

Histórico

As ameaças começaram em novembro de 2021, quando Andréia de Jesus cobrou uma rigorosa investigação sobre uma ação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal que terminou com a morte de 26 pessoas, em Varginha, no Sul de Minas Gerais.

Após isso, as ameaças não cessaram. A deputada chegou a ter a escolta retirada pela própria PM, que alegou não ter indícios de ataques contra ela.

Em março de 2022, o Ministério Público Estadual (MPMG) chegou a emitir um ofício solicitando a manutenção da escolta parlamentar, já que considerou um equívoco o fim da proteção.

O MPMG ressaltou que existiam, na época, 27 investigações de injúria racial e crimes contra a honra, em que a deputada foi vítima. Após isso, a escolta foi retomada.

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