Receitas e despesas

Deputados aprovam Orçamento do Estado para 2023 com déficit de R$ 3,5 bilhões

Da Redação
28/12/2022 às 15:13.
Atualizado em 28/12/2022 às 15:16
Em 2023, a despesa com pessoal do Poder Executivo vai continuar acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Clarissa Barçante)

Em 2023, a despesa com pessoal do Poder Executivo vai continuar acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Clarissa Barçante)

O orçamento do Estado para 2023 foi aprovado na manhã desta quarta-feira (28) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O documento prevê um déficit fiscal de R$ 3,5 bilhões para o próximo ano. Apesar de o valor ser considerável, ele é 69,7% inferior ao programado para 2022.

O texto do orçamento consta do Projeto de Lei (PL) 4.009/22, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), e estima as receitas e as despesas do Estado para o próximo exercício. De acordo com a proposição encaminhada pelo Estado, a receita fiscal para 2023 foi estimada em R$ 106,1 bilhões. Já a despesa projetada é de R$ 109,6 bilhões.

O orçamento foi aprovado com emendas em Reunião Extraordinária na manhã desta quarta-feira, quando também foi aprovada a revisão para o próximo ano do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2020-2023.

Para a elaboração da proposta orçamentária, foram utilizados como parâmetros para 2023: crescimento do PIB de 2,5%; inflação acumulada de 3,3%; e taxa básica de juros de 10% ao ano. As receitas correntes terão aumento de 10,4% em 2023, chegando a R$ 128,4 bilhões. Porém, por conta de mudanças na contabilização das transferências constitucionais aos municípios, a receita fiscal total terá redução de 15,6%.

A principal fonte de receita do Estado permanece sendo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja arrecadação vai avançar 5%, chegando a R$ 71,5 bilhões. Já a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) terá aumento de 15,1%, totalizando R$ 8,5 bilhões em 2023.

A despesa fiscal deve encolher 20,2% em 2023. Está projetada redução de 16,4% nas despesas correntes, estimadas em R$ 87,6 bilhões. A despesa com o pagamento de juros e encargos da dívida do Estado com a União deve cair 77,2%, perfazendo R$ 1,8 bilhão. Já a amortização da dívida deve consumir R$ 2,2 bilhões, o que representa uma queda de 54,6% em relação a 2022.

Segundo o parecer do relator do PL 4.009/22 na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) ampliada, deputado Hely Tarqüínio (PV), essa queda se deve possivelmente à expectativa de adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) no próximo ano.

Despesa com pessoal
Em 2023, a despesa com pessoal do Poder Executivo vai continuar acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Somada com a Defensoria Pública, essa despesa será o equivalente a 52% da Receita Corrente Líquida do Estado (RCL). O limite máximo desse gasto é de 49% da RCL. Os demais órgãos e poderes estaduais estarão com suas despesas de pessoal dentro dos limites da LRF.

O Orçamento 2023 foi elaborado, ainda, de modo a cumprir as determinações constitucionais de gastos com saúde (R$ 8,9 bilhões) e educação (R$ 18,6 bilhões).

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