Dilma chama presidente de comissão de ética para reunião

Fernanda Odilla - Folhapress
05/12/2012 às 00:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:03

BRASÍLIA - Um dia após a Comissão de Ética da Presidência da República pedir informações a servidores indiciados pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, a presidente Dilma Rousseff convocou o presidente do colegiado para uma reunião.

Américo Lacombe se encontrou com Dilma nesta terça-feira (4). A reunião não estava prevista na agenda inicial da presidente e durou pouco menos de uma hora. Marcada para as 16h45, foi incluída somente às 16h17 na agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto - também foi incluída de última hora reunião com Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula.

A Presidência não informou o assunto tratado nos dois encontros.
Dilma, contudo, pretende indicar ainda este ano ocupantes para as duas vagas do colegiado.

O colegiado tem, ao todo, sete cadeiras. Um dos conselheiros morreu e, em setembro, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Sepúlveda Pertence, deixou a comissão. Na ocasião, ele abriu mão do posto de presidente alegando insatisfação com a não recondução de outros dois conselheiros, que recentemente tomaram decisões contrárias aos interesses do Planalto.

A comissão, ligada à Presidência da República, foi criada em 1999 para analisar casos de abusos e desrespeito a normas e condutas éticas de funcionários do governo federal. Entre as sanções da comissão, estão, por exemplo, recomendação de demissão, de devolução de recursos recebidos indevidamente e censura.

Nessa terça-feira (4), Lacombe anunciou que a Comissão de Ética decidiu por unanimidade pedir esclarecimentos a Rosemary Noronha, José Weber Holanda, Paulo Vieira e Rubens Vieira. Todos foram indiciados na Operação Porto Seguro, da PF, que apura esquema de corrupção e tráfico de influência dentro do governo federal.

Depois de notificados, os quatro terão dez dias para apresentar informações por escrito à comissão. Dependo das respostas, Lacombe não descarta convocar uma reunião extraordinária para decidir se abre ou não procedimento contra os investigados pela polícia.

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