
A presidente afastada, Dilma Rousseff, citou nesta segunda-feira (29) o economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz para dizer que "a crise econômica no Brasil estava precificada, o que não estava precificado era a crise política". Foi justamente a crise política que agravou as condições no país, mencionou a petista durante depoimento no Senado Federal.
Dilma disse ainda que a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados transformou-se em uma questão "complexa" para seu governo. "Ficamos diante de ação sistemática, de praticamente uma ação negativa no sentido de não aprovar medidas que mandamos. Somou a isso as chamadas pautas bomba", disse a presidente afastada.
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"Em vez de ter medidas para sanar questão fiscal, uma vez que receita caía vertiginosamente, pelo contrário, aumentavam despesas." A petista ressaltou que o apelido de pauta bomba não foi dado por ela, mas sim pela imprensa. Também se enganou ao dizer que Cunha elegeu-se presidência da "Câmara de Vereadores".
Dilma afirmou ainda que não respeita a eleição indireta, fruto de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade. A presidente afastada reconheceu que pode ter cometidos erros em seu governo, mas as medidas que propôs eram necessárias.
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