O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) farão o confronto final da disputa presidencial em um segundo turno de votações, marcado para 30 de outubro.

Com 97% das urnas apuradas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou o primeiro turno à frente, com 47,8% dos votos. Jair Bolsonaro teve 43,7%. Os dois foram os mais votados.

Em terceiro lugar ficou Simone Tebet (MDB), com 4,2% dos votos, seguida por Ciro Gomes (PDT), que obteve 3%. Soraya Thronicke (União) teve 0,5%; Felipe D’Ávila (Novo) teve 0,48%; Padre Kelmon (PTB), 0,07%; Leo Pericles (UP), com 0,05% e Sofia Manzano (PCB) 0,04%; Vera (PSTU), com 0,02% e Eymael (DC), 0,01%.

As pesquisas de intenção de voto, realizadas por Datafolha e Ipec, indicavam a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno. Contudo, o resultado das urnas neste domingo (2) ficou dentro da margem de erro.

A disputa entre Lula e Bolsonaro começou muito antes do período eleitoral. Em 2018, a prisão de Lula por uma decisão do ex-juiz Sérgio Moro retirou o petista da disputa e adiou o confronto direto com Bolsonaro. 

Logo após as eleições, Moro aceitou um convite de Bolsonaro e virou seu ministro da Justiça. Os petistas acusaram Moro de ter feito um julgamento “político” do ex-presidente, sem fundamento nas provas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou os argumentos da defesa do ex-presidente e aceitou a “suspeição” do ex-juiz. Desta forma, Lula retomou seus direitos políticos e teve condições de voltar à disputa eleitoral.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem Lula, a quem chama de “descondenado”, como seu principal alvo e cita o petista em todos os seus discursos. Bolsonaro ganhou destaque com um discurso radical antipetista e conseguiu assumir o lugar que antes pertencia ao PSDB, na disputa de hegemonia travada com o PT de Lula.

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