O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou que as "suas contas eleitorais já foram aprovadas" e "está tranquilo" para prestar esclarecimentos sobre a denúncia apresentada nesta segunda-feira pela Procuradoria-geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é a primeira denúncia contra Renan no âmbito da Operação Lava Jato. O peemedebista é acusado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em nota, a assessoria de Renan afirmou que o senador "jamais autorizou ou consentiu" que o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) "ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância".
O inquérito no qual o presidente do Senado foi denunciado apura a suposta atuação de Renan e Aníbal na contratação da empresa Serveng Civilsan pela Petrobras. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada, os dois parlamentares receberam propina para viabilizar o negócio. Aníbal foi denunciado pela PGR pelos mesmos crimes de Renan. No pedido, Janot solicita ainda que os parlamentares sejam afastados do cargo e paguem multa de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos. Confira a nota na íntegra: "O senador Renan Calheiros jamais autorizou ou consentiu que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância. O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação. Assessoria de imprensa Presidência do Senado"
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