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Terça-Feira,30 de Abril

‘Estrelas’ das Diretas Já vão de estilingue a vidraça

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
19/01/2014 às 08:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:26

(Marcelo Prates - Arquivo Pessoal)

Trinta anos depois, as grandes manifestações populares que marcaram o movimento por eleições diretas para presidente no Brasil guardam semelhanças e diferenças em relação às “jornadas de junho” que pipocaram no período da Copa das Confederações em 2013. Os protestos devem se repetir com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, que acontece em junho, e avançar até as eleições para presidente, governadores, Congresso Nacional e assembleias legislativas em outubro.    O clamor das ruas em Minas Gerais já reverbera na estratégia dos políticos que disputam duas sedes do poder: o Palácio do Planalto, em Brasília, e o Tiradentes, em Minas.    Parte das estrelas de outrora morreu – Ulisses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Franco Montoro, Leonel Brizola, Darci Ribeiro, Waldir Pires, Itamar Franco e outros. Os líderes que estão por aí deixaram o estilingue da oposição e passaram a ser vidraça. São os mais cobrados pela população porque alcançaram o poder, mas não equacionaram problemas relativos às desigualdades sociais.    Constituição cidadã   Para o deputado federal Nilmário Miranda (PT), com as Diretas Já, pela da liberdade de voto, conquistou-se a Constituição cidadã apenas em 1988, pois houve uma transição de quatro anos conservadora e controlada.    “Feitos os acordos com os setores civis e militares houve, na natureza do movimento de esperança, um processo que capturou as Diretas Já”, disse Miranda. Em 2013, segundo ele, a volta às ruas “chacoalhou a República” e exigiu qualidade e universalização dos serviços públicos.    Contra corrupção   As “jornadas de junho” apresentaram reivindicações difusas, algumas fundamentais para o futuro Brasil, a destacar uma: enfrentar, superar e acabar com a corrupção no país, afirma o ex-ministro Patrus Ananias, que coordenou comícios das Diretas Já como secretário-geral do PT no Estado.   Outro que andou na crista do movimento que culminaria no colégio eleitoral que elegeu Tancredo Neves presidente foi Pimenta da Veiga, líder do PMDB na Câmara à época das Diretas Já. “Todos nós temos que apoiar e acompanhar essas manifestações cujos contornos não estão muito fixos. É uma novidade, mas natural das democracias”, afirmou o pré-candidato do PSDB ao governo de Minas.    Assim como ele, outras personalidades políticas daquele momento histórico gravitam na órbita dos principais partidos que disputam o voto popular: os petistas Lula, Dilma e Fernando Pimentel; além de Aécio, FHC e José Serra, dissidentes do PMDB que fundaram o PSDB.     Mas há protagonistas que hoje são réus em escândalos políticos, como José Dirceu, José Genoino e Eduardo Azeredo, cujo irmão Álvaro Brandão de Azeredo à época comandou o PMDB Jovem no Estado com Aécio Neves, então secretário do avô Tancredo.    Leia mais na Edição Digital

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