CPI Abuso de Poder

Ex-diretor do Atlético não vê irregularidade em contratação de ex-funcionários por Kalil na PBH

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
13/04/2023 às 18:20.
Atualizado em 13/04/2023 às 18:38
Audiência para ouvir o ex-diretor do Atlético Carlos Fabel. (CMBH)

Audiência para ouvir o ex-diretor do Atlético Carlos Fabel. (CMBH)

O ex-diretor do Atlético Carlos Fabel foi ouvido, nesta quinta-feira (13), na CPI Abuso de Poder que investiga atos irregularidades do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) à frente da administração municipal. O objetivo dos vereadores era comprovar que o ex-prefeito misturava a gestão do clube com a prefeitura.

Carlos Fabel disse ter conhecimento de ex-funcionários do Atlético que deixaram de prestar serviço ao clube e posteriormente foram trabalhar com Kalil na prefeitura quando ele se tornou prefeito, mas negou conhecer qualquer irregularidade. Um desses casos é o de Antônio Melo, que foi lotado no gabinete do prefeito. “Era do mercado financeiro, assim como eu. Pessoa muito boa de serviço. Se eu tivesse uma vaga, oferecia para ele”, afirmou.

No interrogatório desta quinta, os parlamentares focaram nos pagamentos feitos à empresa Unitour, que fazia contratação de viagens e hotéis para o Atlético e que chegou a prestar serviços também para a Prefeitura. Contudo, Carlos Fabel, que fez a gestão administrativa e financeira do Atlético durante dez anos, reforçou que não tinha conhecimento de nenhuma irregularidade.

Fabel, que também foi responsável financeiro na campanha de reeleição de Kalil à Prefeitura de Belo Horizonte, evitou entrar nas questões referentes às negociações pessoais de Kalil com a Unitour. Os vereadores destacaram que a empresa chegou a prestar serviços pessoais ao ex-prefeito. 

Em abril, a responsável pela empresa, Eloá Ribeiro, negou que tenha feito qualquer serviço gratuito ou recebido recursos da prefeitura ou do Atlético para fornecer serviços a Alexandre Kalil. 

"Ele é amigo da família há muito tempo, principalmente do meu marido", disse Eloá, viúva de Frederico Mendes Ribeiro, que faleceu em 2019. "Uma parte (das despesas) foi paga com o cartão da empresa e outra, com meu cartão. Ele (Alexandre Kalil) me mandava o dinheiro depois", explicou Eloá Ribeiro.

O ex-prefeito Alexandre Kalil não tem comentado as ações da CPI. A próxima reunião da Comissão é prevista para a quinta-feira (20).

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