
O grupo de vereadores que elegeu Léo Burguês (PSDB) para presidir a Câmara Municipal de Belo Horizonte concorda em mudar o Regimento Interno da Casa, mas não há consenso sobre o que deve ser alterado. nessa sexta-feira (4), em reunião para discutir os pedidos de comissões do PCdoB, os parlamentares sugeriram mudanças diferentes. Burguês fez questão de frisar que as alterações “não são para prejudicar o prefeito”.
“O que a gente precisa é que os assuntos não sejam discutidos a toque de caixa. Precisamos trazer a sociedade para dentro da Câmara”, afirma Burguês. “Essa Mesa Diretora não tem subserviência a ninguém. Todo projeto do prefeito que for de interesse da cidade será votado o mais rápido possível. Agora, se tiver pontos nebulosos, interesses divergentes, não pode ter um trator do Executivo aqui”, completa.
O vereador Joel Moreira (PTC) sugeriu que o regimento permita que os projetos dos vereadores reeleitos não sejam arquivados no fim de cada legislatura. Hoje, quando termina o mandato, todas as propostas que estão tramitando são arquivadas, não importando se já tenham passado pelas comissões e estejam prontas para serem votadas. “É uma medida de economia processual. Seria uma economia de tempo e trabalho para o parlamento”, diz.
O secretário-geral da Mesa, Leonardo Mattos (PV), propõe que seja alterado o artigo que permite que uma proposta que esteja tramitando há mais de 60 dias na Casa seja colocada na pauta, mesmo sem parecer das comissões. “Temos que mudar. Não dá para um cara apresentar três mil requerimentos e paralisar a Casa”, reclama Preto (DEM).
O PCdoB indicou o vereador Gilson Reis para ser o líder da bancada e para ocupar uma vaga na Comissão de Educação. O outro vereador do partido, Dr. Sandro foi indicado para a Comissão de Saúde. “Tem várias pessoas querendo ir para essas comissões. Vamos discutir para poder equilibrar as coisas”, explica Burguês. Segundo o tucano, as presidências serão decididas dentro de cada comissão.
Sem nomes
O PSB entregou, nessa sexta-feira (4), as comissões que interessam ao partido, porém não indicou nomes. As comissões de Administração Pública, Direitos Humanos e do Consumidor, Educação, Legislação e Justiça, Orçamento e Finanças e Saúde e Saneamento são os alvos dos socialistas.
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