Jovens de 18 a 24 anos são os que têm mais dificuldades em empreender no país, aponta Sebrae

João Sampaio
jsampaio@hojeemdia.com.br
09/11/2021 às 20:04.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:13
 (Provocatto Cacau/Divulgação)

(Provocatto Cacau/Divulgação)

Os jovens brasileiros são os que têm mais dificuldades em conseguir uma fonte de renda no país, já que enfrentam de um lado a falta de emprego e, do outro, a pouca experiência e baixa capacitação para empreender e com isso obter uma alternativa financeira. Por isso, segundo um estudo apresentado nesta terça-feira (9) pelo Sebrae, a faixa etária entre 18 e 24 anos é a que menos se arrisca a abrir um negócio próprio no país: são apenas 6,8% do total de brasileiros que empreendem, o equivalente a 1,9 milhão de pessoas. Ao mesmo tempo, é também nesse intervalo de idade que estão as taxas mais altas de desemprego, com média nacional de 14,1%, índice que chegou a 29,5% na pandemia.

O estudo foi feito pelo Sebrae com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE no segundo trimestre de 2021 e, para a gerente de Educação e Empreendedorismo do Sebrae-MG, Fabiana Pinho, mostra uma lacuna que deveria ser preenchida também nas escolas. “Milhares de jovens brasileiros não percebem o empreendedorismo como uma alternativa de trabalho, renda e realização pessoal e profissional. Ser protagonista da vida e carreira, dono do próprio negócio são possibilidades que poucas escolas apresentam aos seus estudantes”, avalia.

Conforme a pesquisa, Minas Gerais é o segundo Estado do país onde os jovens de 18 a 24 anos mais empreendem. Do total de empreendedores jovens, 9,7% são de Minas Gerais, atrás apenas de São Paulo, que lidera o ranking com 18%. Wericson Souza, 25, é um desses mineiros. Dono de uma chocolateria no Barreiro, em Belo Horizonte, ele conta que sua história de empreendedor começou bem cedo, quando ele tinha apenas 16 anos.

“Queria juntar dinheiro para uma viagem à época, então tive a ideia de vender balas”, conta. Três anos depois, empolgado com a bagagem adquirida como aluno do Núcleo de Empreendedorismo Juvenil, projeto social da Escola do Sebrae, ele juntou um dinheiro e deu início à produção dos bombons que hoje são o carro-chefe da sua loja. “Precisa ter um objetivo, enxergar lá na frente”, afirma.Clique para ampliar

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