Kalil se apresenta contido em debate da Alterosa e João Leite mantém acusações

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
26/10/2016 às 00:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:23
 (Divulgação/TV Alterosa)

(Divulgação/TV Alterosa)

Reviravolta na reta final. No penúltimo debate realizado na TV, na noite desta terça-feira (25), na Alterosa, Alexandre Kalil (PHS) segurou a língua e se apresentou mais contido e propositivo à população. As acusações ficaram por conta de João Leite (PSDB), que não poupou ataques ao adversário. O tucano chegou a levar uma ex-funcionária de Kalil ao debate. “A Adriana Madureira está aqui conosco. Ela foi coordenadora de RH da sua empresa e não recebeu até hoje. Eu sou a voz de Adriana e de outras centenas de pessoas que não receberam nem o 13º”, bradou João Leite.

Virar a madrugada
O tucano afirmou, ainda, que encaminharia denúncias de uma série de crimes cometidos por Kalil ao Ministério Público. Entre eles, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. “Se eu citasse todos os problemas teríamos que virar a madrugada. Esse candidato não pagou os funcionários, esse é o jeito dele. Ele não reconhece quem trabalhou para ele”, acusou o João Leite. 

Com um tom de voz calmo e falando devagar, diferente do que foi visto nos confrontos anteriores, Kalil rebateu o tucano dizendo que Adriana Madureira nunca foi funcionária dele. “Ela não tem carteira assinada por mim porque ela é uma empresa. Nunca conversei nem três palavras com ela. Mas deve ter custado mais que o Geraldo”, disse, se referindo a Geraldo Silva, apresentado no debate da Rede TV pelo tucano como um ex-funcionário que Kalil não teria pago.

Justiça x justiceiro
Em seguida, o ex-presidente do Atlético se dirigiu às pessoas mais necessitadas. “Minha proposta é tirar você da fila da cirurgia. Da minha funcionária a Justiça cuida. Temos Justiça e não justiceiros”, enfatizou.

Por duas vezes, Kalil desafiou a equipe de João Leite de apresentar a carteira de trabalho de Adriana com assinatura da Erkal. João Leite afirmou possuir o contracheque da mulher. “Ela é ex-funcionária da Erkal Engenharia. Ela tem filho, precisa do dinheiro do FGTS. E o senhor não paga. Eu defendo essas pessoas. Estou representando a Adriana e os outros que não receberam os direitos do trabalhador. Enquanto isso, você vive com quatro motos, carro de R$ 350 mil”, acusou. 

Paz e amor
Em poucos momentos o ex-presidente do Atlético partiu para o confronto. Em todas elas, ele se desculpou com o eleitorado, dizendo que a intenção dele ao participar do debate era apresentar propostas. “Mas eu preciso responder às acusações”, justificou. Em um desses momentos, Kalil acusou João Leite de ter uma vida dedicada a “soltar bandidos das prisões”, fazendo alusão à época em que o tucano era presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa. 

Em outra ocasião, o cartola disse que João Leite recebia super-salários em 2001. E o chamou de “malandrão”. “Ele se diz defensor da Adriana, mas recebia salário de R$ 74 mil em 2001, quando o salário mínimo era R$ 170. Vc teria que trabalhar 34 anos para receber o salário de um malandro da Assembleia Legislativa. E aqui do meu lado tem um “malandrão”, ironizou. 

Bonde no centro da cidade
As propostas de João Leite também foram criticadas por Kalil. Entre elas, a de criar um bonde no centro da cidade, para fortalecer o turismo, e a de implantar placas solares nas ocupações. “Não vamos sonhar. Placa solar não dá. Nós queremos é levar energia até você. Temos que canalizar seu esgoto, levar água até você. Ninguém vai colocar placa solar em barraco de ocupação”, rechaçou.

O debate contou com quadro blocos. Os candidatos se enfrentaram diretamente, com temas livres, no primeiro e no quarto bloco.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por