Facada em Bolsonaro

Laudo aponta que Adélio Bispo ainda representa risco à sociedade

Jader Xavier
@ojaderxavierjsbarbosa@hojeemdia.com.br
25/08/2022 às 16:04.
Atualizado em 25/08/2022 às 16:36
 (Tomaz Silva / Agência Brasil)

(Tomaz Silva / Agência Brasil)

Autor da facada no então candidato à presidência Jair Balsonaro, Adélio Bispo de Oliveira ainda é um homem perigoso e deve continuar preso. É o que aponta o laudo da perícia realizada no detento no dia 25 de julho.

Adélio está preso no Presídio Federal de Campo Grande (MS). O procedimento tinha o objetivo de avaliar se ele ainda possuía "transtorno delirante persistente" ou se estaria apto a viver em sociedade. “Não houve cessação de periculosidade”, diz o documento, acessado pela emissora de TV CNN Brasil.

Por estar preso desde 2019 considerado inimputável (impedido de ser condenado por causa de sua situação clínica), Bispo tem que passar por uma avaliação a cada três anos. O último prazo venceu em junho.

Com base nesse laudo, o juiz tomará a decisão se mantém Adélio preso ou se o libera.

A reportagem questionou a Defensoria Pública da União, que faz a defesa de Adélio Bispo, e a Procuradoria da República no Mato Grosso do Sul a apresentação do recebimento do laudo pericial.

O Ministério Público Federal afirmou que já recebeu o resultado e se manifestou sobre ele no processo, mas disse que não pode confirmar o teor do laudo.

Já a Defensoria Pública disse, em nota, que as informações médicas são sigilosas e privativas do paciente.

A facada

Por volta das 15h40 de 6 de setembro de 2018, Bolsonaro, então candidato a presidente, levou uma facada no abdômen, durante um ato de campanha na região central de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele foi levado para o hospital e recebeu atendimento médico.

O autor da facada foi preso logo após o ato e levado para a delegacia. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no ato de prisão de Adélio Bispo, o crime foi descrito da seguinte forma:

“Este nos informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal afim (sic) de acompanhar a comitiva, e no melhor momento pudesse tentar contra a vida do candidato, assim tendo feito no momento em que a comitiva passava pela rua Batista, por achar ser o mais oportuno." 

Ainda segundo o documento da PM, Adélio teria dito que "o motivo do intento se deu por motivos pessoais, os quais não iríamos entender, dizendo também em certos momentos que foi a mando de Deus”.

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