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Léo Burguês derrota prefeito e PSDB com a reeleição na Câmara

Amália Goulart, Ana Flávia Gussen e Humberto Santos - Do Hoje em Dia
Publicado em 02/01/2013 às 07:39.Atualizado em 21/11/2021 às 20:13.

Nem mesmo o histórico de escândalos conseguiu tirar do vereador Léo Burguês (PSDB) a reeleição para a Presidência da Câmara de Belo Horizonte. Em uma eleição negociada até o último minuto, que contou com bate-boca e agressões físicas, o tucano derrotou Henrique Braga(PSDB) por 21 votos a 14. Impôs derrota ao prefeito Marcio Lacerda e ao próprio PSDB, que apoiava Braga.

Vereadores da bancada do PSB passaram os últimos três dias tentando angariar votos para Henrique Braga e chegaram a dar sua vitória como certa. “Marcio Lacerda ligou para cada um dos vereadores pedindo voto em Braga”, denunciou o oposicionista Iran Barbosa (PMDB).
 
O grupo ligado ao prefeito Marcio Lacerda atribuiu a derrota a pelo menos dois motivos: uma “traição” do vereador Valdivino (PPS) – cujo partido estava fechado com o prefeito – e as abstenções da bancada petista. “Ele (Valdivino) ia votar no Braga e votou no Burguês. Ele traiu o grupo”, declarou um vereador.
 
Já os petistas não votaram por não concordarem que a presidência ficasse nas mãos do PSDB. Depois do pleito, Braga lamentou a derrota e declarou que irá procurar Burguês e os outros colegas para “entender” a reviravolta.
 
“Eu era o candidato do PSDB estadual, municipal e do prefeito. Agora preciso descobrir se essa é só uma derrota do partido ou do Marcio Lacerda também”, declarou.
 
Cassado
 
Ao lado de Burguês, o vereador Wellington Magalhães (PTN) passa a ocupar a 1ª vice-presidência da Câmara. O parlamentar teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 2009 por compra de votos. Segundo a denúncia, Magalhães promoveu, durante as eleições de 2008, entrega de sopas a pessoas carentes com o intuito de obter votos. Naquele pleito foi o segundo vereador mais votado. 
 
O vereador Leonardo Mattos (PV) passa a responder pela secretaria geral da Mesa. Já o grupo liderado pelo deputado federal Luís Tibé (PTdoB) fica representado por Vilmo Gomes (PTdoB) na 1ª secretaria, Orlei na 2ª vice-presidência e Verê da Farmácia na 2ª secretaria.
 
Histórico
 
A Câmara de Belo Horizonte passou os últimos dois anos como alvo de escândalos e denúncias. Há um mês Léo Burguês foi denunciado pelo Ministério Público por usar a verba de publicidade do Legislativo eleitoralmente. Segundo a promotoria, os gastos com a rubrica, em 2012, triplicaram em comparação a 2011 e 2010.
 
Durante sua gestão, Burguês apresentou, ainda, projetos de lei que beneficiavam seus negócios, dentre eles o supermercado de sua madrasta. Alguns vereadores atribuem aos escândalos a dificuldade de se reelegerem. Metade da Câmara não conseguiu nova mandato. 
 
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