Oposição não vê arquivamento de parecer como derrota e avalia que Gabriel ‘não tem mais força’
Vereador da oposição, Wesley Moreira (PP) classificou o desfecho do processo como “regimental”

Após o arquivamento do parecer que pedia a cassação do mandato do presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), nesta segunda-feira (4), o vereador da oposição Wesley Moreira (PP) classificou o desfecho do processo como “regimental” e disse que o presidência da Casa perdeu força no parlamento.
Moreira evitou falar em fracasso da oposição e avaliou que Gabriel se valeu do regimento da Casa para conseguir êxito no processo.
“Hoje, foi nada mais do que regimental. Da mesma forma em que em reuniões passadas, o vereador Gabriel Azevedo usou o regimento de alguma forma. Quando ele fala em obstrução, é algo que tem sido muito comum aqui dentro dessa casa, né?”, avaliou Wesley.
O parlamentar ainda disse que a quantidade de vereadores que votaram pela abertura do processo mostra que o presidente da CMBH perdeu força e não tem uma base na câmara.
"Hoje nós temos um presidente que tem poder mas não tem mais autoridade. É alguém sentado na cadeira e tem apenas a caneta na mão, mas não tem o respeito da maioria dessa casa. Se fosse um um processo de 21 votos, nós teríamos votos sobrando. Estou falando de 27 vereadores que não concordam com a forma dele de gerir”, detalha.
Entenda o caso
Gabriel Azevedo vem de uma vitória política após o primeiro processo que o acusava de quebra de decoro parlamentar ser arquivado sem sequer ser votado. O pedido de cassação só poderia ser apreciado até hoje, pois pelo regimento interno, o texto da comissão processante tem até 90 dias para ser analisado em plenário.
* Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim