Oposição questiona números de Pimentel sobre prejuízos na Cidade Administrativa

Bruno Moreno e Giulia Andrade
15/04/2015 às 21:41.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:39

Dez dias depois de o governador do Estado afirmar que a centralização das secretarias na Cidade Administrativa não reduziu custos, a oposição apresentou documento contradizendo o levantamento elaborado pela equipe de Fernando Pimentel (PT).   Nesta quinta (16), às 11h, o bloco parlamentar de oposição “Verdade e Coerência” divulgará um relatório com 80 páginas questionando todos os itens do balanço elaborado pelo governo do PT.   De acordo com o documento da oposição, de 2011 a 2014 houve uma economia de recursos públicos de R$ 447 milhões, em função da concentração do serviço público estadual na Cidade Administrativa.   “O cálculo de economia precisa ser feito considerando bases iguais, ou seja, comparando o custo das mesmas estruturas e órgãos antes e depois da implantação da Cidade Administrativa. Isso significa comparar os gastos que o governo tinha em 2009, antes da inauguração da Cidade Administrativa, e os que passou a ter, com as mesmas estruturas, a partir de 4 de março de 2010, quando foi inaugurada”, apontou o documento.    Entretanto, o estudo não considera os gastos com a frota, que incluem veículos e combustível. Além disso, o valor apontado para aluguéis não confere nem com os dados apresentados pelo PT nem pelos verificados no Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais (Siafi-MG), que foi a base de dados da oposição.    O deputado Gustavo Corrêa (DEM), líder do bloco, afirmou que esses valores serão verificados. Segundo Corrêa, todos os números apresentados pela equipe de Pimentel serão rebatidos.   “O governo está completamente equivocado. A Cidade Administrativa gerou economia. Por exemplo, foram feitas licitações conjuntas para a área de telefonia, o que gerou um custo menor e a modernização do sistema”, disse.   No balanço apresentado na semana passada, o governo estadual informou que os valores gastos com aluguel na capital pelo governo do Estado subiram de R$ 17 milhões, em 2010, para R$ 66 milhões, em 2014. Segundo Corrêa, esses valores estão incorretos, e devem ser considerados a variação de preços contratados e o aumento de equipamentos públicos, como delegacias.   Fragilidade   O líder de governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Durval Ângelo (PT), contestou os números enviados pelo bloco “Verdade e Coerência” e afirmou que as respostas para os questionamentos levantados estão no diagnóstico apresentado pelo governador.   “Os dados que eles apresentaram sobre a Cidade Administrativa não conferem. Todos os questionamentos que levantaram são muito frágeis. Eles devem saber que a Cidade Administrativa gasta, sim, mais do que antes, que os preços são caros, afinal, eles governaram o Estado por 12 anos”, disse.   O governo de Minas Gerais informou, por meio de nota, que reafirma as informações divulgadas no diagnóstico realizado, e que não pretende polemizar o assunto com administrações passadas.


 

Confira os números divulgados pela oposição para comprovar a redução de gastos:

 

 

 

 

 

 

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