(Marcelo Camargo/ABr)
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira (20) que a renúncia do deputado federal tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é um ato pessoal.
Questionado se a atitude do deputado poderia prejudicar as campanhas eleitorais do PSDB, Alckmin desvinculou os fatos: "essa renúncia dele é um ato pessoal, cabe a ele justificar".
Azeredo renunciou ao mandato ontem após pressão da cúpula do partido. O deputado, que é ex-presidente nacional do PSDB e um dos fundadores do partido, é o principal acusado pela Procuradoria-Geral da República de comandar esquema de desvio de recursos públicos de estatais de Minas Gerais para sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
Nos bastidores, a continuidade do mandato de Azeredo era preocupante para os tucanos porque o julgamento do caso poderia causar desgaste à imagem do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do partido à Presidência. Ontem, Aécio disse que a decisão de Azeredo de renunciar ao mandato é de "foro íntimo" e que não iria interferir em sua campanha eleitoral à Presidência da República.
Com a renúncia, Azeredo perde o foro privilegiado e seu caso pode sair do STF (Supremo Tribunal Federal) e ir para a Justiça comum, o que adiaria a sentença para depois das eleições.
Alckmin também afirmou que ainda não definiu nenhum nome para a reforma de seu secretariado. "Vamos começar a pensar nisso no mês de março", disse.