PF vai investigar ataque e PM diz que caso foi premeditado

Da Redação
07/09/2018 às 08:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:20
 (Reprodução/ Instagram )

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A Polícia Federal instaurou nesta sexta-feira (7) o inquérito que investigará o ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que foi esfaqueado na tarde de quinta-feira (6), em Juiz de Fora, na Zona da Mata. 

A Polícia Militar busca por telefones celulares, documentos e pistas que possam ajudar a esclarecer se a autoria do crime foi compartilhada com algum cúmplice. A PM acredita que houve premeditação. 

Em entrevista à imprensa, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), afirmou que o servente de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira, agressor de Bolsonaro, não "parecia um sujeito equilibrado". "Colocamos todo o aparato de segurança do Estado à disposição para elucidar o caso", disse. Pimentel ainda informou que seguiu o protocolo, registrando a ocorrência à PF. 

Também na Polícia Federal deve ser aberta uma representação para investigar se o atentado foi um "crime político". A iniciativa é do deputado Delegado Francischini (PSL-PR). 

Reforço na PF foi solicitado

O PSL, partido de Bolsonaro, havia procurado a PF na última terça-feira (4) para pedir reforço da escolta que Bolsonaro e demais presidenciáveis têm direito. Segundo Gustavo Bebiano, presidente do PSL, o risco a que o presidenciável estava exposto em sua campanha nas ruas havia aumentado.

"Estivemos na PF expondo que o nível de risco estava aumentando e pedindo reforço. Mas Jair é muito corajoso e se joga, é um homem do povo e assume risco", disse.

Atentado preocupa outros candidatos

Em casos como o que aconteceu com Bolsonaro, a PF faz reavaliações para averiguar a necessidade de aumentar a segurança dos presidenciáveis. Em resposta ao ataque, pelo menos seis outros presidenciáveis cancelaram as agendas. 

Assim, os candidatos poderão ter que atender a normas mais rígidas de proteção, que podem incluir uso de novos equipamentos, como colete à prova de balas e carro blindado, além de novas táticas, como evitar lugares abertos e o contato direto com eleitores. 

Para especialistas, o formato da campanha de Bolsonaro atrapalha a proteção. Isso porque o candidato conta com seguranças voluntários, que dispersam a formação da equipe profissional, diluindo as responsabilidades e deixando o presidenciável mais vulnerável. 

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