Polícia Federal apura caixa 2 de Dinis Pinheiro

Rodrigo Lopes - Do Hoje em Dia
08/02/2013 às 06:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:49
 (Toninho Almada)

(Toninho Almada)

Cotado para disputar o governo de Minas em 2014, o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB), é alvo de investigação da Polícia Federal (PF). Os federais têm em mãos farta documentação que pode complicar o futuro político do deputado. A papelada, com dezenas de recibos originais – a maior parte deles assinada por quem recebeu o dinheiro – mostra que Dinis, por meio de seus coordenadores de campanha, teria feito possível uso de caixa 2 e comprado votos na eleição de 2010.   Um dos cabos eleitorais, que poderá ser ouvido pela PF, confirma a irregularidade e apresenta documentos. Trata-se do advogado Cláudio Augusto Teixeira (irmão do secretário de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Teixeira), que foi um dos coordenadores da campanha de Dinis em Brumadinho (cidade em que o deputado teve 3.190 votos), na Grande Belo Horizonte.    Confirmação   Um grupo de colaboradores da campanha do deputado confirma a irregularidade. Teixeira disse que distribuiu na cidade cerca de R$ 120 mil em espécie para políticos, líderes comunitários e cabos eleitorais a pedido do deputado.    O recebimento de R$ 36 mil está registrado em cupons fiscais, recortes de papel e notas de abastecimento, totalizando 86 recibos. Os valores variam de R$ 20 a R$ 3.900. Também fazem parte da contabilidade 25 comprovantes de abastecimento. Juntos, eles somam R$ 1.425,64.   Teixeira afirma desconhecer a origem do dinheiro. Diz que 90% da bolada foram entregues a ele por José Paulo da Silveira Ataíde em reuniões no comitê de campanha e outras no gabinete de Dinis, na Assembleia. Ex-vereador de Brumadinho e aliado político de Dinis, José Paulo da Silveira Ataíde foi candidato derrotado a prefeito da cidade, em 2008, pela coligação PSDB/PT.   O Hoje em Dia procurou quem participou da distribuição da dinheirama para checar a forma de pagamento e a autenticidade das assinaturas.    Entre os beneficiários encontrados, alguns são pessoas simples e desconhecem a gravidade do ato. Outros mostraram conhecer a ilegalidade, mas apresentaram indiferença. Na maioria dos depoimentos, as declarações são idênticas: eles reconhecem as assinaturas como sendo verdadeiras e confirmam a versão de Cláudio Teixeira, que sustenta que os pagamentos de R$ 3.800 foram realizados em espécie.   Leia a matéria completa na Edição Digital

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