Prefeito de Mirabela some após pedido de prisão provisória

Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia
17/11/2012 às 10:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:21
 (Frederico Jaikal/Arquivo Hoje em Dia)

(Frederico Jaikal/Arquivo Hoje em Dia)

Investigado pelo suposto desvio de R$ 1 milhão dos cofres do município de Mirabela, no Norte de Minas, o prefeito Lacerdino de Menezes (PDT) está desaparecido desde o último dia 12, quando teve sua prisão decretada. Ele chegou a ser considerado foragido da Justiça, mas na sexta-feira (16) o pedido de prisão foi negado pelo Tribunal de Justiça.

Lacerdino e outras cinco pessoas são investigadas por desviar verbas de gasolina para enriquecimento próprio, como divulgou o Hoje em Dia com exclusividade.

O prefeito agia com o apoio do gerente do posto Mirabela, Neemias Pereira, e dos membros da comissão de licitação da prefeitura, Darlen Santos, Antônio Marcos Gonçalves e Silvio Henrique Mendes.

Vizinhos do prefeito dizem que ele não é visto desde a semana passada. Na prefeitura a informação é de que ele não tinha ido trabalhar essa semana. Os celulares de Lacerdino estão desligados e em sua casa ninguém atende.

A fraude

O esquema comandado por Lacerdino consistia na manipulação de dados de notas fiscais emitidas pelo posto. Todas as vezes que moradores de Mirabela abasteciam no posto e não pediam cupom fiscal, as notas eram emitidas, porém alguns dados ficavam em branco, como a placa do carro ou o CPF do consumidor.

É aí que o grupo agia, preenchendo as notas com dados dos veículos da prefeitura, segundo o MP. Com isso, a administração “pagava” ao posto notas de serviços que haviam sido prestados aos moradores. O dinheiro do abastecimento fictício era rateado entre o prefeito e o posto.

Sociedade

O Ministério Público entrou com ação civil pública denunciando a fraude. Nos autos obtidos com exclusividade pelo Hoje em Dia, a promotoria registra que o próprio prefeito é sócio do posto Mirabela. “Segundo adágio popular, seria autêntica a hipótese onde a raposa fora escolhida para cuidar do galinheiro”, registrou a promotoria.

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