Funcionalismo

Professores suspendem a greve; aulas na rede estadual voltam na 2ª

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/04/2022 às 18:57.Atualizado em 12/04/2022 às 19:26.
 (Divulgação: SindUte)
(Divulgação: SindUte)

Professores da rede estadual de ensino decidiram suspender a greve. Em assembleia realizada nesta terça-feira (12), os professores deliberaram pelo retornar às salas de aula na próxima segunda-feira (18).

Contudo, os trabalhadores decidiram manter o chamado “estado de greve”. Isso siginifica que as paralisações podem ser retomadas a qualquer momento, caso o governo estadual não pague os reajustes aprovados pela Assembleia Legislativa (ALMG) nesta terça-feira, após a derrubada de vetos do governador Romeu Zema (Novo).

“Vamos dar uma oportunidade ao governo de Minas de compreender a legislação e cumprir o que foi aprovado pelos deputados”, disse Denise Romano, coordenadora do Sind-Ute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais).

De acordo com o Sind-Ute, os trabalhadores continuam com calendário de greve e irão agora mediar junto com a Secretaria de Educação para determinar parâmetros para reposição.

Segundo Denise Romano, “os professores são os únicos que fazem reposição, pois a gente precisa cumprir a carga horária dos alunos, e o Estado costuma ser muito cruel com os trabalhadores na elaboração deste calendário, por isso agora vamos buscar essa negociação”, afirmou.

Os trabalhadores da educação têm um ato inter religioso, marcado para amanhã, às 10h, na Praça Sete, onde, novamente, a categoria irá reiterar o pedido ao governo mineiro que acate e promulgue o foi definido pela Assembleia Legislativa.

O retorno só foi possível após a derrubada dos vetos do governador ao reajuste dos servidores, efetivado nesta terça-feira (12), em reunião plenária da Assembleia Legislativa.

Os parlamentares decidiram que os índices de reajustes válidos para os trabalhadores da educação seriam os aprovados na Assembleia ao invés dos índices propostos pelo Poder Executivo. Desta maneira, ao invés de um reajuste de 10,06%, proposto pelo governo Zema, os professores receberão um reajuste de 33,24% equivalente ao piso nacional da educação.

O deputado Guilherme da Cunha (Novo), que foi uma das lideranças do governo durante a tramitação do reajuste dos servidores, afirmou que o Executivo irá acionar a Justiça contra os reajustes do funcionalismo definidos pelos deputados. Segundo Guilherme da Cunha, “10,06% é o que cabe no cofre e é o justo neste momento”.

O deputado ainda salientou que os reajustes aprovados na Assembleia Legislativa são "ilegais" e afirmou que Minas Gerais paga o piso proporcional da educação, referente a 24 horas trabalhadas.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), que defendeu o reajuste maior para a educação, discordou do deputado governista e destacou que existe legislação estadual que garante o pagamento do piso integral para a jornada de 24h.

Segundo ela, a derrubada dos vetos na Assembleia e a garantia dos reajustes maiores que os desejados pelo governo são apenas o cumprimento da legislação estadual. “Estranho seria se a Assembleia não zelasse e não cobrasse pelo cumprimento da legislação estadual, que prevê o pagamento do piso”, afirmou.

Leia Mais:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por