A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou ao horário eleitoral gratuito no rádio e na TV uma propaganda em que lista cinco apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) a quem chama de "milicianos, assassinos e criminosos".
Entre os nomes dos apoiadores do presidente que aparecem no conteúdo está Flordelis, ex-deputada federal condenada por assassinar o marido; Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez; e o goleiro Bruno, condenado por matar Eliza Samudio, mãe de seu filho, Bruninho.
Na sequência, aparece ainda uma foto de Bolsonaro ao lado do ex-vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, acusado de abusar e de filmar atos sexuais com menores de idade.
O vídeo coloca ainda doutor Jairinho como outro apoiador de Bolsonaro. O também ex-vereador do Rio de Janeiro é acusado de ter matado o filho de sua companheira.
"Bolsonaro finge defender o cidadão de bem, mas anda com gente do mal", começa o vídeo. "Assassinos, milicianos, criminosos. Cuidado! Esse é o time do Bolsonaro", encerra a campanha.
Resposta
A veiculação da propaganda de Lula vem dias após uma peça da campanha de Jair Bolsonaro citar os votos de presos.
A propaganda do presidente citava reportagens que mostravam dados da apuração das urnas em presídios e afirmava que Lula foi o mais votado nesses lugares.
No entanto, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidiários com sentença transitada em julgado não podem votar, pois perdem os direitos políticos.
Nesse caso, têm o direito de votar apenas os presos provisórios e jovens que cumprem medidas socioeducativas, pois esses não têm direitos políticos suspensos. Neste ano, segundo o TSE, 12.963 pessoas nessas condições puderam ir às urnas.
A campanha de Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a peça.