Cerca de 200 pessoas participaram, no sábado (20), da Marcha Nacional Contra a Corrupção em Belo Horizonte. Com rostos pintados e faixas em punho, os manifestantes pediram o fim do voto secreto no Congresso Nacional e protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que retira o poder de investigação do Ministério Público. Em todo o país, os atos começaram na sexta-feira e vão terminar neste domingo (21).
Organizado por meio das redes sociais, o ato foi convocado pelo movimento “Dia do Basta”, que se apresenta como apartidário e pacífico. Segundo um dos líderes do grupo na capital, o administrador de empresas Alberto Lansky, a manifestação é um “alerta contra a corrupção arraigada no poder público”. “Não apontamos nomes específicos porque sabemos que a corrupção é geral. Isso aqui para nós é o início da reforma política. Defendemos o voto aberto porque os deputados não podem se esconder para votar por eles mesmos”, afirma.
Outra idealizadora do ato, Carolina Spínula, acredita que o protesto seja uma forma de “incentivar” a sociedade a revelar “descontentamento”. “A população não aceita a corrupção, mas não age. Não dá para se mobilizar apenas durante as eleições. Sobre as nossas bandeiras, por exemplo, se tirarem o poder do MP, dificilmente chegaremos aos casos de corrupção”, diz.
Participante da marcha, o pintor Elizeu Elpídio Lins, de 52 anos, destacou a importância do evento como uma forma de “resgatar a consciência política” da população. “Temos necessidade de mudança. Se a gente não se unir e não for para a rua, sem pressão popular o político não vai mudar”.
Para o jovem Rafael de oliveira Magalhães, de 17 anos, os moradores da capital deveriam ser “mais críticos”.
O grupo fez passeata da Praça da Liberdade até a Praça 7.
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