PT oficializa, no TRE , nome de Roberto Carvalho para a Prefeitura de BH

Rosildo Mendes - Do Hoje em Dia *
02/07/2012 às 19:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:15
 (MARCELO PRATES_ARQUIVO HOJE EM DIA)

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O candidato à prefeitura de Belo Horizonte pelo Partido dos Trabalhadores (PT) será Roberto Vieira de Carvalho, e a vice-prefeito Geraldo Magela Arcoverde também do PT. O pedido das candidaturas majoritárias da “Coligação Frente BH Popular” foi protocolado, na tarde desta segunda-feira (2), no Foro Eleitoral de Belo Horizonte. Segundo a ata encaminhada, houve a aprovação, na convenção do PT, de coligação, para a eleição majoritária, com outros partidos: PRB, PDT e PMDB. A documentação ainda será avaliada pela Justiça Eleitoral, e o edital abrindo prazo para impugnações será publicado no decorrer da semana pelo Foro Eleitoral.

Também nesta segunda-feira, a direção do PT mineiro confirmou o fim da aliança com o PSB para a disputa pela reeleição do prefeito de Belo Horizonte, o socialista Marcio Lacerda. Apesar da oficialização do nome de Roberto de Carvalho no TRE, o diretório do partido deverá pedir uma intervenção da direção nacional para confirmar a indicação do ex-ministro Patrus Ananias como candidato para a disputa pelo Executivo da capital mineira.

Já Lacerda afirmou que tentará "até o último minuto" recompor a aliança, mas já anunciou como vice o secretário municipal de Governo Josué Valadão (PP) no lugar do deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT).

A direção estadual do PT homologou o lançamento de candidato própria, decidida na convenção do partido, no sábado (30), após a legenda ser comunicada da decisão do PSB de não fazer coligação proporcional na capital, considerada pelos petistas como "traição" de Lacerda. E informou que ainda nesta segunda o prefeito deveria receber comunicado petista entregando os cerca de 900 cargos em todos os escalões que o partido tem na administração municipal.

Para o prefeito, porém, o PT rachou por "uma questão pequena, que é essa questão dos vereadores". Ele afirmou que tentaria novas negociações com a direção petista, mas confirmou que o PSB não vai rever sua decisão. "Romper essa aliança vitoriosa em Belo Horizonte por uma disputa de cadeiras na Câmara Municipal não é uma atitude correta.

O PSDB passou a alegar de uns meses para cá que, já que o PT tinha a (vaga de) vice, seria injusta a aliança proporcional. Seria uma questão de equilíbrio das forças políticas e nós achamos que essa posição do PSDB é justa", disse, após evento oficial na prefeitura do qual participou ao lado do governador tucano Antonio Anastasia, que tem no vice-governador Alberto Pinto Coelho um correligionário do candidato a vice apontado por Lacerda.

Miguel Corrêa Júnior, no entanto, ressaltou que o racha foi decidido em razão de uma "quebra de confiança muito grande". "Não é uma disputa por vagas na Câmara. É o descumprimento de um acordo, que não foi unilateral", emendou o presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes. Ele apresentou documentos assinados por Lacerda afirmando que a decisão sobre a questão seria do presidente do diretório estadual do PSB, o ex-ministro Walfrido Mares Guia, e outro do próprio Walfrido aceitando a coligação proporcional com o PT.

"O Walfrido lutou até o fim. Mas o prefeito cedeu aos caprichos e vaidades do príncipe Aécio", disparou Lopes, referindo-se ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Pelas informações de bastidores, o tucano teria entrado em contato com Lacerda informando que, caso o PSB fizesse aliança proporcional com o PT, seria o PSDB que deixaria a coligação. "O rompimento do PSB local foi com o PSB nacional, com o ex-presidente Lula e com a presidente Dilma (Rousseff)", declarou Miguel Corrêa, segundo o qual o presidente nacional socialista, o governador Eduardo Campos (PE), seria favorável ao acordo com o PT. 

(*) Com Agência Estado

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