Operação Sisamnes

Rodrigo Pacheco é citado como alvo de grupo investigado por espionar autoridades

A descoberta foi feita no âmbito da operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo a venda de sentenças judiciais

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/05/2025 às 11:26.
 (Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
(Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que presidiu o Senado Federal até fevereiro deste ano, foi citado como um possível alvo de um grupo criminoso investigado por espionagem, assassinato e venda de sentenças judiciais. Investigadores que acompanham o caso afirmam que Pacheco "se encontrava na mira" da organização.

Ainda não há clareza sobre a extensão do monitoramento ao qual o senador teria sido submetido ou o motivo do interesse do grupo. Essas informações dependem da análise completa do material apreendido nas investigações. A informação foi revelada pela coluna de Daniela Lima, do portal G1.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão expedidos pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os alvos são militares da ativa e da reserva, suspeitos de integrar o grupo acusado de executar o advogado Roberto Zampieri com dez tiros, no Mato Grosso.

As investigações do assassinato de Zampieri levaram a Polícia Civil a identificar indícios de um esquema de venda de sentenças em diversos tribunais do país, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Devido à gravidade e ao possível envolvimento de autoridades com foro privilegiado, o caso foi encaminhado ao STF.

O grupo criminoso mantinha anotações detalhando uma "tabela de preços" para serviços de monitoramento. A espionagem de ministros do Supremo Tribunal Federal custaria R$ 250 mil, enquanto o monitoramento de senadores era avaliado em R$ 150 mil, e o de deputados, R$ 100 mil. Também havia registros de vigilância de "figuras normais".

O que diz Rodrigo Pacheco?

Em nota, Pacheco disse externar repúdio e que espera que a lei prevaleça. “Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevalecer a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz”, disse Pacheco.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por