
O senador Alexandre Silveira (PSD) usou seu discurso no encontro com o ex-presidente Lula (PT) e com Alexandre Kalil (PSD), realizado em Uberlândia nesta quarta-feira (15), para se aproximar da militância petista e tentar atrair os votos de esquerda.
“Quero ser um soldado para viajar o Brasil defendendo seu projeto, convencendo parlamentares e os brasileiros, para ganhar essas eleições no primeiro turno”, disse o senador.
Silveira lembrou que foi apresentado ao ex-presidente Lula pelo mineiro José de Alencar, vice-presidente na primeira campanha vitoriosa do PT à presidência da República, e destacou a duplicação de estradas federais mineiras quando ele, Alexandre da Silveira, dirigia o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em 2004, durante o primeiro governo Lula.
“O que nos une são valores inegociáveis, a nossa democracia e a dignidade do povo brasileiro; e dignidade é coisa prática”, disse o senador, destacando as mortes durante a pandemia e a situação de fome enfrentada por 33 milhões de brasileiros, de acordo com levantamento realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
Vácuo na esquerda
A disputa pelos votos da esquerda na briga por uma vaga no Senado ficou mais acirrada quando o PT desistiu de lançar o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) para possibilitar a aliança entre Lula e Alexandre Kalil, na disputa estadual, tendo como candidato a vice-governador o deputado estadual André Quintão (PT) e como candidato ao Senado o nome de Alexandre Silveira.
Silveira é próximo de lideranças bolsonaristas e chegou a ser cotado para ser líder do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado. Por causa disso, o nome do senador encontra muitas resistências entre lideranças petistas em Minas Gerais e motivou o lançamento de pré-candidaturas alternativas, como o da vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT).
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