
Sob críticas de deputados estaduais, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Fernando Marcato, admitiu que podem existir falhas no traçado proposto pelo Rodoanel Metropolitano. Ele participou nesta terça-feira (12) de uma reunião do "Assembleia Fiscaliza" e ouviu questionamentos sobre o projeto.
Segundo ele, é possível rever o projeto do Rodoanel Metropolitano sem ter que cancelar o processo todo. “Uma coisa não é excludente da outra", afirmou.
A deputada Beatriz Cerqueira (PT), que é contra o projeto, afirmou que existem estudos, um deles elaborado pelo Fórum Permanente São Francisco (FPSF), propondo alternativas como a reestruturação do atual Anel Rodoviário.
“O debate em torno do Rodoanel está longe de acabar, ele ainda é necessário e importante. O saldo do projeto é muito preocupante, há questões não pacificadas ainda", afirmou a deputada.
Em resposta, o secretário disse à deputada que conhece o estudo do fórum, que, segundo ele, foi avaliado pelo governo. Marcato frisou que é favorável também à reestruturação do projeto como proposto.
Segundo o secetário, também estão sendo feitos contatos com os prefeitos das cidades afetadas, em especial de Contagem e Betim, para encontrar alternativas que evitem disputas judiciais em relação ao Rodoanel.
Troféu
O governo de Minas considera a construção do Rodoanel Metropolitano como uma das grandes conquistas do governo de Romeu Zema (Novo).
A concessão é considerada a maior da história de Minas Gerais e envolve um montante de R$ 5,4 bilhões, sendo que cerca de R$ 2,7 bilhões irão sair dos cofres públicos.
Desses, R$ 2,4 bilhões serão utilizados efetivamente nas obras; R$ 250 milhões serão usados como recursos de contingência para eventuais aumentos de custos e R$ 93 milhões serão pagos pelo governo para a empresa vencedora nos três primeiros anos do contrato.
A assinatura do contrato deve ocorrer nos próximos dias. E as obras estão previstas para início efetivo em 2024, segundo o governo estadual.
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