Vista grossa

STJ vai analisar ação do PT contra governador Romeu Zema só depois do recesso

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
19/01/2023 às 14:45.
Atualizado em 19/01/2023 às 15:59
 (MAURICIO VIEIRA/JORNAL HOJE EM DIA)

(MAURICIO VIEIRA/JORNAL HOJE EM DIA)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou que irá avaliar a ação movida por deputados petistas contra o governador Romeu Zema (Novo) após o recesso, que termina em 31 de janeiro.

Na ação, os parlamentares pedem que o governador explique suas falas sobre os atos de vandalismo praticados por manifestantes golpistas no dia 8 de janeiro, em Brasília. Na última segunda-feira (16), Zema disse que o governo federal e o presidente Lula (PT) fizeram “vista grossa” em relação aos alertas de atos violentos para que depois pudessem aparecer “como vítimas” dos radicais de direita.

Ainda na terça-feira (17), os deputados Reginaldo Lopes (PT) e Zeca Dirceu (PT) deram entrada ao pedido de investigação contra o governador. “Acionamos no STJ o governador de MG, Romeu Zema, para que ele explique em 48 horas as declarações mentirosas e irresponsáveis sobre a atuação do governo diante das manifestações terroristas do dia 8 de janeiro”, disse o parlamentar mineiro Reginaldo Lopes.

No entanto, o ministro Og Fernandes, do STJ, avaliou que não existe urgência para a análise da ação e que ela deve aguardar o fim do recesso. Romeu Zema, por ser governador de Estado, tem direito a foro especial no STJ para análise de seus atos no exercício do mandato.

Polêmica

A situação é uma antecipação de uma disputa eleitoral que deve ser travada entre petistas e o governador Romeu Zema, que é um nome já colocado para a disputa presidencial em 2026, na sucessão de Lula.

As polêmicas começaram após uma entrevista de Zema a uma rádio gaúcha na segunda-feira. “Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão dizer se foi isso”, afirmou Zema. 

Logo após a divulgação das falas, vários integrantes do governo federal foram a público se manifestar e defender o governo Lula. Um dos mais enfáticos foi o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que acusou Zema de querer “vestir a roupa de Bolsonaro”. 

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