O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu as propagandas do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, que associam o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, à prática de canibalismo. A decisão liminar atende a um pedido da campanha do candidato do PL.
O ministro considerou que as falas de Bolsonaro em vídeo gravado durante uma entrevista a um jornalista estrangeiro foram tiradas de contexto. “Nessas circunstâncias, entende-se que, na forma em que divulgadas as mencionadas falas do candidato Jair Messias Bolsonaro, retiradas de trecho de antiga entrevista jornalística, há alteração sensível do sentido original de sua mensagem”, disse Sanseverino na decisão.
No vídeo, Bolsonaro afirma que, durante uma visita a uma comunidade indígena, se dispôs a participar de um ritual em que, segundo ele, um indígena morto seria cozido e servido com bananas. "É a cultura deles... e eu me submeti àquilo", disse o presidente na gravação original, conforme transcrição que consta na liminar do TSE.
Para o ministro, as declarações do candidato dizem respeito a um contexto específico. "A reportagem se refere a uma experiência específica dentro de uma comunidade indígena, vivida de acordo com os valores e moralidade vigentes nessa sociedade", afirmou Paulo Sanseverino na decisão.
Ele determinou que a propaganda pare de ser veiculada na TV ou nas páginas e redes sociais da campanha do PT.
Leia Mais:
Prefeitura de Pouso Alegre confirma morte de jovem de 21 anos por varíola dos macacos
Projeto que libera Pix para pagamento de contas públicas em BH pode ser votado nesta segunda