Mesmo com o aval do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), não deve conseguir se reeleger. Isso porque ele encontra dificuldades para conquistar o apoio de 21 colegas, número necessário para alcançar a vitória. O desgaste acumulado durante o atual mandato é um dos motivos que dificultam a manutenção dele no posto.   Léo Burguês havia ganhado força depois que o nome dele foi apontado como um provável candidato do PSDB. O partido exige ocupar a presidência e Pablito, preferido da legenda, precisa convencer o grupo do prefeito.    Mas o apoio de Lacerda não deve ser suficiente. Seu nome não agradou aos colegas, que estão temerosos de que a Câmara Municipal seja novamente desmoralizada por escândalos.    Assim que souberam da possibilidade, os parlamentares iniciaram uma articulação para tentar impedir a reeleição. “Não dá para aguentar mais dois anos desta forma. É preciso desenvolver um trabalho junto com a população e o Léo (Burguês) não conseguiu isso. Pelo contrário, ele só criou problemas”, disse um vereador que pediu anonimato. Até mesmo os integrantes de um grupo do qual Burguês faz parte já admitem que não há chance de ele se reeleger.    A atual gestão da Câmara ficou marcada por uma série de problemas. Muitos deles tiveram o envolvimento direto do atual presidente. Em alguns casos, a discussão foi parar na Justiça, como a questão dos contratos de publicidade, que se transformou em ação por conta de possíveis irregularidades no processo e valores elevados.    Alternativa    Com a indefinição em relação aos nomes já apresentados pelo PSDB, o terceiro vereador do partido, Henrique Braga, pode aparecer na disputa no apagar das luzes. Ele não se colocou oficialmente na disputa, mas, nos bastidores, a informação é a de que já teria um grupo trabalhando para viabilizar o nome dele. “Estou à disposição para o que for preciso. O que o partido definir, pode contar comigo”, afirmou.    Outros nomes também ganharam força nos últimos dias. Ligados a um outro grupo que tenta assumir o poder na Câmara, Daniel Nepomuceno (PSB) e Tarcísio Caixeta (PT) estão no páreo.    Correm por fora Leonardo Mattos (PV), Wellington Magalhães (PTN) e Alexandre Gomes (PSB). 

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