
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou ideias de Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo e vice-presidente na chapa de Lula (PT), para tentar mostrar incoerências na chapa petista.
Lula sugeriu que não poderia discutir as ideias de seu vice e reforçou: “o povo quer saber o que você fez na saúde? Quantas UPAs você aumentou? É isso que o povo quer saber! Sabe o que você fez a mais? Comprou 35 mil caixas de Viagra para dar para as forças armadas. Explica por quê”, afirmou Lula.
O caso foi trazido à tona pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), que em abril deste ano, denunciou a compra do medicamento utilizado para impotência sexual pelas Forças Armadas, tendo como base informações do Portal da Transparência. O parlamentar enviou requerimento pedindo explicações ao Ministério da Defesa.
Na época, o Ministério da Defesa justificou a compra afirmando que "a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar". E que “processos de licitação e compra de medicamentos seguem os preceitos legais previstos e as demandas do Sistema de Saúde do Exército".
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica também divulgaram nota, na época, afirmando o objetivo de utilizar o remédio para o tratamento de hipertensão arterial pulmonar. Bolsonado chegou a comentar a compra de Viagra, dizendo que a quantidade licitada “não é nada” diante do contingente das Forças Armadas e que o medicamento é utilizado sobretudo por “inativos e pensionistas”.
No debate desta sexta-feira, o candidato do PL reafirmou que o Viagra é utilizado para vários tratamentos, inclusive câncer de próstata. E provocou seu adversário:" Você usa Viagra?”, questionou. Lula respondeu dizendo que se Viagra é tão importante, “por que só as Forças Armadas têm acesso? Por que não distribui para o povo?”, devolveu a pergunta.
Mais médicos
O tema de saúde ganhou destaque e os dois candidatos entraram na questão dos médicos cubanos. Lula acusou Bolsonaro de não ter feito nada pela saúde da população e ainda ter enviado de volta os médicos cubanos do Programa Mais Médicos.
Criado em 2013 pelo Governo Dilma Rousseff (PT), o Programa Mais Médicos (PMM) surgiu como parte de um amplo esforço do Governo Federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), para levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, como municípios do interior e periferias das grandes
E previa, ainda, investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a formação desses profissionais.
Durante o debate, nesta sexta, Bolsonaro afirmou que os médicos cubanos recebiam salários de R$ 12 mil e o PMM, não "sabiam nada" e o PMM era utilizado para mandar dinheiro para Cuba.
Lula defendeu a saúde em Cuba, afirmando que tem reconhecimento internacional e o debate continuou numa disputa de números entre os dois candidatos.
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