O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse estar "extremamente indignado" com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo mineiro afirmou que a medida é injusta e fruto de perseguição política contra o ex-presidente.
“Nossa Justiça parece mais preocupada em perseguir adversários políticos do governo do que em prender bandidos e ladrões. É lamentável o que está acontecendo no Brasil”, criticou o governador, nesta terça-feira (5), durante agenda em um shopping na região Norte de Belo Horizonte.
'Show de horrores', afirma Zema
Para Zema, a Justiça tem perdido credibilidade. Além disso, o mineiro voltou a afirmar que o Governo Lula está se aproximando de regimes autoritários.
“É lamentável uma Justiça que está perdendo a credibilidade lá fora. Aqui dentro, acho que já tinha perdido, porque nós estamos acompanhando de perto esse show de horrores. Lá fora o Brasil daqui a pouco vai estar aí do lado de Venezuela, do Iran, países aonde não há democracia".
Prisão domiciliar de Bolsonaro
A prisão de Bolsonaro foi determinada nessa segunda-feira (4) por Alexandre de Moraes. Além do regime domiciliar, o ministro ordenou buscas e apreensões na casa do ex-presidente, em Brasília, e impôs restrições adicionais.
Bolsonaro está proibido de receber visitas, exceto dos advogados, e de usar o celular, inclusive de terceiros.
Conforme o magistrado, a prisão domiciliar foi determinada após o descumprimento da medida cautelar que impedia o ex-presidente de usar as redes sociais de terceiros. No domingo, durante os atos de apoio realizados em todo o país, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou um vídeo com a manifestação do pai.
No mês passado, Moraes determinou diversas medidas cautelares contra Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e restrição ao uso de redes sociais, incluindo perfis de terceiros.
"Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro", afirmou Moraes.
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