Zema minimiza relação com Bolsonaro: ‘valorizo a família, sou cristão, mas nunca caminhei com ele’
Governador ainda defendeu anistia ao ex-presidente, mas destacou que a vinculação entre os dois não é ‘tão grande’
O governador de Minas Gerais e pré-candidato à presidência da República, Romeu Zema (Novo) negou que seja próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mineiro destaca que, apesar da semelhança em algumas pautas, nunca “caminhou” com o político do Partido Liberal.
“Nós temos propostas nas quais acreditamos e estamos de comum acordo, queremos um estado mais leve, queremos o combate à corrupção, eu valorizo a família, sou cristão. Essas pautas nos unem. Mas, dizer que eu sempre caminhei com ele, quem sabe da minha vida, analisa que nunca estivemos no mesmo partido ou disputando as eleições no primeiro turno lado a lado”, afirmou Zema, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Zema ainda relembrou que ambos estiveram em lados diferentes nas eleições de 2018 e 2022. “Nunca fui do mesmo partido dele. Ele, inclusive, em 2022, apoiou outro candidato ao governo de Minas. Minha vinculação com Bolsonaro não é tão grande como alguns alardeiam”.
Zema defende anistia a Bolsonaro e aos presos no 8 de janeiro
O governador de Minas é à favor da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal.
“Apoiaria sim (uma anistia para Bolsonaro). Eu quero um Brasil pacificado e não um pai e mãe brigando e os filhos desassistidos, sem comida, sem tomar banho direito. Precisamos pacificar o Brasil. Já demos anistia no passado para assassinos, para sequestrados. Não vamos dar anistia neste caso?”, declarou.
Além disso, Zema ainda defendeu a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo o político, os presos deveriam ser punidos por “invasão e depredação, e não por atentado contra a democracia”.
"Em nenhum outro lugar do mundo uma pessoa que escreveu com batom em um monumento público seria condenada a 14 anos de prisão. Precisa punir, de acordo com a pena que a lei determina para invasão e depredação, e não para atentado contra a democracia. E, se já teve muito atentado no passado, posso dizer que foi provocado pela esquerda e ninguém recebeu esse tratamento”, completou Zema.
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