(Rafael Ribeiro)
No período entre a saída de Mano Menezes, em 23 de novembro de 2012, e o anúncio da volta de Luiz Felipe Scolari à Seleção, seis dias depois, a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) consultou alguns jogadores mais experientes.
No contato com o lateral-direito Daniel Alves, este revelou aos dirigentes da entidade que era só fazer o convite que Pep Guardiola, que tinha sido seu treinador no Barcelona, da Espanha, por quatro temporadas, assumiria a Seleção Brasileira.
Na época, o treinador estava sem clube, pois desde que saiu do Barcelona até a ida para o Bayern de Munique, da Alemanha, equipe que dirige atualmente, ficou um ano sem trabalhar.
Tite, que saiu do Corinthians no ano passado, é dado como favorito para assumir o cargo de Felipão após a Copa do Mundo. E a força paulista dentro da CBF é muito grande, pois o atual presidente, José Maria Marín, e Marco Polo del Nero, que será o sucessor, são do estado.
O que pesa contra Tite é a sua ligação com Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e que já fez o papel de inimigo político de Marin e Del Nero, mas ele é muito ligado a Ricardo Teixeira, e o ex-presidente ainda tem voz dentro da CBF.
Apesar do favoritismo de Tite, existe sobre a entidade a pressão por um treinador estrangeiro. E o nome defendido por esse grupo é justamente o de Pep Guardiola, que fez história no Barcelona.
O momento é bem diferente. Guardiola ainda tem dois anos de contrato com o Bayern. E sua saída não é uma operação fácil, pois existe uma multa.
De toda forma, a CBF precisa agir rápido. Em setembro, a Seleção tem dois amistosos agendados, contra Colômbia, dia 5, e Equador, dia 9, nos Estados Unidos. No dia 11 de outubro será jogado o Superclássico das Américas, contra a Argentina, somente com jogadores que atuam nos dois países.
No ano que vem, a Copa América será disputada entre 11 de junho e 4 de julho, no Chile, e o Brasil tem como objetivo apagar o fracasso de 2011, na Argentina, quando não chegou sequer à semifinal.