Pra onde vão os nove candidatos derrotados no 2º turno em BH?

Publicado em 20/09/2016 às 20:17.Atualizado em 15/11/2021 às 20:54.

Com respeito aos que acreditam que a eleição está só começando e que o eleitor está fazendo, agora, suas escolhas, certo é que nove dos 11 candidatos a prefeito de Belo Horizonte terão que optar por um dos dois caminhos no segundo turno. No cenário de hoje, desta terça-feira (20), João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) caminham, estáveis, para a segunda etapa, ou para a verdadeira eleição de prefeito da capital mineira, que, por conta da pulverização das candidaturas, impediu, neste primeiro turno, que vários delas pudessem ficar visíveis e fossem ouvidas. 

Mantido o quadro nas condições atuais, haverá nova batalha nos bastidores para atrair apoios políticos. Dos finalistas previstos, João Leite teria, em tese, maior capacidade de aglutinação do que Kalil. De acordo com as expectativas elaboradas, o tucano receberia as adesões, caso saiam da disputa, dos candidatos Délio Malheiros (PSD), Eros Biondini (Pros) e Sargento Rodrigues (PDT). Luis Tibé é uma possibilidade. Kalil deverá receber as de Marcelo Álvaro Antônio (PR), Reginaldo Lopes (PT) e de Rodrigo Pacheco (PMDB).

Algumas ressalvas podem ser feitas, porque o apoio do PT, nesse momento, não representa, necessariamente, reforço, mas um peso; Rodrigo Pacheco pode receber algum sinal de Brasília, apelando por sua neutralidade. O PMDB mineiro, embora esteja aliado ao PT mineiro, hoje, é sócio e dependente, no cenário nacional, do PSDB de Aécio Neves (senador e presidente nacional), que, por sua vez, terá candidato a prefeito no segundo turno.

Como ao final, as brigas políticas, sadias ou nocivas, têm, há 20 anos, PT e PSDB em cada extremo, é possível que o governador Fernando Pimentel (PT) continue ajudando Kalil para, mais uma vez, derrotar os tucanos em Minas (antes foi em 2014, para o governo). Na outra ponta, Aécio e o senador Antonio Anastasia moverão Brasília e virão com tudo em favor de João Leite.

Délio adota o “eu acredito”
Délio Malheiros (PSD) não é atleticano como os dois líderes da pesquisa para prefeito de BH, mas adotou o mantra do torcedor que empurrou o Atlético ao título na Libertadores. E diz para quem quiser ouvir e cobrar-lhe no dia 2 de outubro: “estarei no segundo turno”. A partir desta semana, quando acredita que a eleição está começando, o candidato do prefeito Marcio Lacerda (PSB) vai distribuir ataques a Kalil e João Leite, os únicos de quem pode tirar algum voto. Em sua avaliação, seu eleitor é de classe média e formador de opinião. “Meu voto é multiplicador”, disse ele, avaliando que o de João Leite “é bambo” e o de Kalil “de alto risco”.

Estado atrasa repasse aos municípios
A Associação Mineira dos Municípios (AMM) enviou nota a todos os 853 prefeitos, protestando contra o não repasse pelo governo estadual da cota-parte do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), no valor de R$ 120 milhões, deste mês. Não houve comunicado nem justificativa no Estado, apenas informação oficiosa de que pagaria 60%, nesta quarta (21), e o restante depois. “Pela primeira vez, em 20 anos, o Estado deixa de pagar, agravando ainda mais a situação dos municípios”, queixa-se o presidente da AMM e prefeito de Barbacena, Antônio Andrada (PSD).

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