Primeira volta: Andamos no T-Cross Highline de R$ 125 mil

Marcelo Ramos
15/03/2019 às 19:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:49
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

A Volkswagen demorou muito para entrar no mercado de utilitários-esportivos (SUVs) compactos. Os jipinhos oriundos de modelos pequenos rodam no Brasil desde a primeira metade da década de 2000, quando a Ford lançou o EcoSport. Nesse período, a VW preferiu apostar no aventureiro CrossFox. O miúdo fez sucesso, mas perdeu fôlego nos últimos cinco anos com a chegada de novos jipinhos que ofereciam muito mais refinamento e garbo. 

O T-Cross acaba de chegar para finalmente colocar a Volks nessa briga. Com uma estratégia focada na oferta de conteúdos, o modelo é o compacto mais equipado do mercado. Mas como não existe filantropia na indústria, ele cobra seu preço. E não é barato.

O T-Cross parte de R$ 85 mil na versão mais simples com caixa manual de seis marchas e motor 1.0 turbo de 128 cv. Mas salta para R$ 110 mil na versão mais sofisticada, a Highline, equipada com motor 1.4 turbo de 150 cv e 25 mkgf de torque e caixa automática de seis marchas. Esse carro, com todos os opcionais disponíveis, como Park Assist e teto solar panorâmico, pode chegar a R$ 124.890.

Primeiro encontro

E foi no T-Cross topo de linha que tivemos o primeiro contato com o modelo que promete aterrorizar a vida de Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Nissan Kicks e Ford EcoSport. No breve contato com o SUV não foi possível fazer uma análise precisa de consumo e como ele se comporta no uso cotidiano.

Por outro lado, foi possível perceber alguns detalhes do VW, começando pelo acabamento. O T-Cross segue o mesmo padrão de montagem dos irmãos de plataforma MQB (Polo e Virtus), com uso total de materiais plásticos. A montagem é caprichada, mas faltam painéis com revestimento acolchoado. Se em um Polo já é questionável, em um SUV que varia de R$ 85 mil a R$ 125 mil pode comprometer a percepção do consumidor. A sofisticação fica por conta dos bancos e volante revestidos em couro.

Por outro lado, o carro esbanja equipamentos. Quadro de instrumentos digital, partida sem chave, ar-condicionado digital, multimídia com tela de 8,5 polegadas (com GPS, conexão com smartphone três portas USB e câmera de ré), sensores dianteiros e traseiros com mostrador gráfico, assim como controles de estabilidade (ESP), tração e freios pós-colisão são itens que levam o T-Cross para uma briga com modelos mais refinados, como o líder Compass.

Motor e câmbio
A unidade TSI 250 é um dos melhores motores disponíveis no mercado brasileiro. Estreou por aqui no Audi Q3 e se espalhou pelos demais modelos do grupo alemão. Apesar de não ter uma cavalaria tão pujante, os 150 cv superam com facilidade os principais rivais, com exceção dos 166 cv do Creta com motor 2.0. 

Mas os 25 mkgf de torque fazem dele um dos mais fortes do segmento. Não o transformam em um garanhão, mas garantem um ótimo comportamento e prometem muita eficiência.

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