#ÉFake: TSE desmente que urnas anularam votos de 7,2 milhões de eleitores

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
11/10/2018 às 11:54.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:55
 (Divulgação)

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que não é verdadeira a informação de que 7,2 milhões de votos teriam sido anulados pelas urnas eletrônicas no domingo (7). Essa fake news tem circulado pelo país por meio do WhatsApp. O órgão esclarece: foram 7,2 milhões de votos nulos dados pelos próprios eleitores.

O texto da fake news diz ainda que anulação de voto só acontece em voto de papel, o qual “permite rasuras ou ambiguidade”. Mas o TSE esclarece que, na urna eletrônica, o voto nulo existe e acontece quando um eleitor digita um número de um candidato que não existe na disputa para aquele cargo. No caso da Presidência da República, se o eleitor votasse 99, por exemplo, estaria anulando o voto. Isso pode acontecer por um erro do eleitor na hora da votação ou de forma intencional.

O TSE esclarece também o conceito de voto anulado, que é aquele invalidado pela Justiça Eleitoral por um motivo específico, como no caso de candidatos que foram para a urna com o registro indeferido com recurso e, depois, tiveram a confirmação do indeferimento do registro. No caso das Eleições 2018, não há votos anulados para a eleição presidencial. O número de 7.206.205 é de votos nulos, ou seja, feitos pelos próprios eleitores, representando 6,14% dos votos apurados.

É importante ressaltar que o percentual de votos nulos nas Eleições 2018 está dentro do registrado desde 1998. Nos últimos 20 anos, a quantidade de votos nulos varia entre 5 e 10% dos votos apurados. Não há nenhuma novidade este ano.

O TSE informa ainda que é incorreta a informação de que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) venceria no primeiro turno com apenas mais 2 milhões de votos. Na verdade, mesmo que os 7,2 milhões de votos nulos fossem todos atribuídos ao candidato, ele ainda não alcançaria a maioria absoluta dos votos válidos (50% + 1).

A explicação é que estes mesmos 7,2 milhões de votos teriam que ser adicionados aos votos válidos e, então, a maioria absoluta para a eleição presidencial seria de 57.128.439, ainda acima do que o candidato teria obtido, que seria 56.483.195.

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