Às compras em Confins: BH Airport irá construir shopping aberto junto ao aeroporto internacional

Paulo Henrique Lobato
13/09/2019 às 20:38.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:40
 (BH Airport/Divulgação)

(BH Airport/Divulgação)

De olho na população de 13 cidades no entorno do aeroporto internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a BH Airport, concessionária do terminal, irá construir no local um shopping a céu aberto. O empreendimento será “glamourizado” com um boulevard e, em anexo, um edifício-garagem de três pavimentos. Como loja âncora, um supermercado. Também estão previstos bares, restaurantes e até cinemas.

“Será o conceito open mall (shopping aberto). O foco não é o passageiro do aeroporto, mas a população de 13 cidades do Vetor Norte da região metropolitana, com distância de aproximadamente meia hora (do terminal). O projeto nasceu em razão de uma análise de que os (habitantes destes) municípios – talvez mais de 1 milhão de pessoas – não têm muitas opções de lazer no fim de tarde ou final de semana”, justificou o diretor-presidente da BH Airport, Marcos Brandão.

Embora animado com a proposta, ele prefere não revelar o investimento previsto, pois o projeto-executivo do estabelecimento ainda não foi concluído.

Uma das funções deste projeto será possibilitar à BH Airport fazer as previsões de construção e de inauguração do centro comercial.

Mas um cenário, independentemente desse estudo, é quase certo: a concessionária pretende construir o espaço e buscar a parceria com um operador do ramo para administrá-lo.

O open mall será erguido num dos estacionamentos do aeroporto, próximo à entrada principal do terminal antigo. Para a população que irá em veículo próprio, a concessionária decidiu erguer um edifício-garagem com três pavimentos. “Vamos usar a relação 70/30, ou seja, 70% das vagas deverão ser ocupadas por usuários do centro comercial e 30% por passageiros”, acrescentou Brandão.

Mesmo não tendo os passageiros do terminal como foco principal, o futuro shopping será uma opção para usuários de outro projeto da BH Airport que começará a sair do papel no fim deste ano. Trata-se da mini-rodoviária que será erguida também num dos estacionamentos. O objetivo é ligar o modal aéreo ao terrestre, tendo como destino cidades históricas ou com forte apelo cultural, como Ouro Preto, Tiradentes e Diamantina.

A linha-piloto, que entrará em operação antes da pequena rodoviária ser erguida, irá ligar, até o fim de dezembro, Confins à terra dos Inconfidentes. Este projeto conta com o apoio do governo federal e poderá ser expandido para outros terminais do país.  

 Aeroporto-indústria deve começar a ser implantado neste ano


O sonhado aeroporto-indústria em Confins deverá sair do papel, enfim, antes da virada para o próximo ano. Na prática, é o passaporte para que o entreposto se torne uma área aduaneira, a exemplo da Zona Franca de Manaus (AM), mas com diferencial de um custo baixo muito mais baixo para empresas. Em razão disso, se tudo der certo, o local poderá ser ampliado para um espaço de 50 mil metros quadrados, nos próximos três anos, e gerar cerca de5,5 mil empregos.

A estimativa é de Marcos Brandão, diretor-presidente da BH Aiport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Ele não descarta, contudo, um espaço até maior, por exemplo, de 150 mil metros quadrados: “Dependerá da demanda (interesse das empresas)”.

A abertura do aeroporto-indústria será concretizada com a assinatura, em breve, da primeira companhia, que ocupará o espaço de 3 mil metros quadrados já prontos. Em razão de sigilo comercial, o nome da empresa é mantido em sigilo.

Uma área aduaneira atrai empresas em razão da suspensão de impostos que incidem em três vertentes: sobre a importação de produtos, sobre a produção de manufaturas e sobre a exportação delas. A inauguração do entreposto comercial põe fim a uma novela que começou no início dos anos 2000, quando a legislação mineira autorizou a área aduaneira. 

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico informou que faz parte do projeto a atualização tributária estadual para melhor compatibilizá-la com o regime aduaneiro.

Em nota, a secretaira informou que “está desenvolvendo um projeto Aerotrópole Mineira, que contempla o aeroporto-indústria” e que “o projeto busca consolidar o aeroporto como hub de passageiros e cargas, com o desenvolvimento no entorno do polo de negócios com empreendimentos de alto valor agregado”. 

Para isso, de acordo com a pasta, estão sendo realizados estudos que viabilizam o aeroporto-indústria, prospecção de investimentos no entorno do terminal e melhoria do marco regulatório para realização de investimentos do Vetor Norte da Região Metropolitana Belo Horizonte. “A expectativa é que, até o fim do ano, uma empresa piloto já esteja instalada na região”, diz a nota do Estado.
 

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