É possível amamentar sem sofrimento; entenda como

Izabela Ventura - Do Hoje em Dia
18/02/2013 às 06:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:05
Campanha defende ampliação da licença remunerada (Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia)

Campanha defende ampliação da licença remunerada (Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia)

O leite materno é o alimento mais completo para o desenvolvimento dos bebês, mas nem sempre a amamentação é feita de forma simples e natural. Dificuldades para mães e filhos nesse processo podem causar o desmame precoce e consequentes doenças para o lactente, problemas que podem ser resolvidos com a orientação de um fonoaudiólogo.

Organizações de saúde consideram precoce o desmame que ocorre antes dos três meses de vida do bebê, quando outros alimentos são introduzidos na dieta. A fonoaudióloga Mayra Zambelli de Almeida, especialista em motricidade orofacial com enfoque em aleitamento materno e desenvolvimento infantil, identifica a pega inadequada do seio como o principal responsável por essa interrupção.

Para uma boa mamada, explica, a criança deve abrir a boca encobrindo toda a aréola, ficar com a língua abaixada e o lábio inferior para fora. Quando isso não acontece, pode haver fissuras e ferimentos nos mamilos, fazendo a mãe abreviar o período de lactação. “Pouca produção de leite e dificuldade de entender a rotina de alimentação do bebê também podem levar à introdução prematura de outros alimentos, como leite de vaca e chás”, observa Mayra.

Acompanhamento

A avaliação de um fonoaudiólogo nos quatro primeiros dias de amamentação pode evitar a pega inadequada das mamas. Segundo a especialista Mayra Zambelli, o profissional vai trabalhar fatores orais do bebê, como a forma de fazer a sucção, a força muscular envolvida, a postura de língua, lábio e bochechas.

“O treino de sucção adequada é feito com os estímulos e a oferta correta do peito para o bebê”, diz. Três visitas do fonoaudiólogo costumam ser suficientes para a correção dos problemas e para a mãe entender a rotina de aleitamento.

A empresária Michelle Bonato, de 34 anos, precisou de muitas sessões para que o filho Gabriel, hoje com 9 meses, amamentasse corretamente. Nas primeiras mamadas, ele não conseguia fazer a sucção do leite e não colocava a língua adequadamente.

Com as orientações da fonoaudióloga, Gabriel mamou bastante até os 6 meses e meio de idade e é uma criança forte. “O processo foi difícil, mas não desisti e tudo deu certo. Amamentar é uma linda experiência que não se explica e não há como medir”, diz Michelle.

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