Agência abre processo para investigar explosão em prédio da zona sul do Rio

Agência Estado
19/05/2015 às 13:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:06
 (Reprodução/TV)

(Reprodução/TV)

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) abriu processo administrativo para apurar a responsabilidade da CEG, empresa fornecedora de gás natural no Estado do Rio, na explosão que ocorreu nesta terça-feira (18), no Edifício Canoas, em São Conrado, zona sul da capital.

De acordo com o presidente da agência, José Bismark de Souza Vianna, uma equipe da Agenersa realizou, ontem mesmo, uma inspeção na tubulação de gás do prédio e vai aguardar o laudo dos peritos da Polícia Civil do Rio, que vai determinar as causas do incidente. Caso seja verificada negligência da CEG, a empresa pode ser multada. Vianna, entretanto, ressalta que a agência ainda não tem nenhuma conclusão sobre a ocorrência.

A Defesa Civil e a Polícia Civil já consideram praticamente certo que um vazamento de gás natural tenha causado a explosão no apartamento ocupado pelo alemão Markus B. Maria Müller, que está internado em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, com queimaduras em metade do corpo.

"Podemos dizer que tem muita possibilidade de ser gás realmente", afirma Vianna. Ele destaca, entretanto, que a proporção do estouro, que fez desabar teto e chão de cômodos de quatro apartamentos e envergou portas de elevadores, é "excepcional".

"Nunca tínhamos vivenciado uma explosão dessa magnitude com gás natural. Tem que ter um acúmulo de gás excepcional para causar um estrago desse tamanho. É estranho para o padrão de incidentes envolvendo gás", explicou.

Ainda assustados com os estragos da explosão, os moradores do edifício foram autorizados a entrar em seus apartamentos por volta do meio-dia desta terça-feira para pegar mais pertences e objetos pessoais. O prédio segue interditado.

A expectativa é que a Defesa Civil libere o retorno definitivo dos moradores na quarta-feira, segundo o subsindico do prédio, José Andreata. "O clima ainda é de apreensão porque não se sabe ainda o nível de dano geral", disse o professor universitário que mora no quarto andar do edifício de 19 andares. "Já se sabe que a estrutura do prédio não foi alterada", contou Andreata, que há 38 anos mora no local.
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