Aliados do governo também defendem a reconciliação

Agência Estado
26/10/2014 às 22:50.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:47

São Paulo - Mesmo antes de o resultado oficial da eleição ser conhecido, petistas e aliados já falavam na necessidade de reconciliação nacional, Ao votar, o atual governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, afirmou que o primeiro desafio da presidente Dilma Rousseff, é promover a "reconciliação" com a parcela da população que apoiou a oposição na campanha. "Acho que, uma vez eleita pela maioria, o papel dela é fazer este chamamento para que a gente toque o País", argumentou Wagner.   Na mesma linha foi a avaliação do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, partido da base aliada, "Temos de fazer um trabalho para diminuir as sequelas, porque nunca tivemos uma divisão tão grande", afirmou.    "Vencemos. Mas nós do partido temos de ter humildade, sentar, conversa avaliar o que fizemos de errado para corrigir", disse o deputado Vicente de Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), ontem à noite.   Ministros do governo, em sintonia com o discurso de conciliação da presidente reeleita também falaram sobre o tema. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que é preciso aceitar os "legítimos resultados" e que "a democracia brasileira está absolutamente consolidada e que o grande desafio será dialogar com a sociedade brasileira, as forças políticas, o movimento social, com o objetivo de construir um projeto de Brasil". E acrescentou: "Nós não podemos apostar no quanto pior, melhor", comentou o ministro.   Mesmo negando que a reeleição de Dilma Rousseff signifique uma divisão do País, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou : "Não há divisão. O que houve foi uma disputa e agora vamos trabalhar para unir o País, o que se dá pela decisão da maioria da população".   O ministro disse que a diferença pequena entre Dilma e Aécio Neves (PSDB) não surpreendeu o governo por ter sido, segundo ele, mapeada pelos institutos de pesquisa.    Para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, disse que a vitória por uma margem apertada em relação ao adversário Aécio não dividirá o País. "A vitória consolida as instituições brasileiras", afirmou.    Questionada sobre como será o próximo governo, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que o governo Dilma conseguiu "mais quatro anos para fazer o melhor para o Brasil".   Em São Paulo, o presidente estadual do PT, Emidio de Souza, "a vitória tem as mãos, os pés, a alma e o coração do presidente Lula". Ele, ao contrário da maioria de líderes do PT, que preferiu ir esperar o resultado das urnas em Brasília, ficou na capital paulista, onde centenas de militantes, dirigentes regionais e funcionários do partido lotaram o salão de um hotel no bairro dos Jardins para aguardar o resultado. Até momentos antes das 20h, o clima era de tensão e até pessimismo. No hotel reservado pelo PT, quando os primeiros resultados foram anunciados, mostrando uma vantagem de menos de dois pontos percentuais Dilma sobre Aécio Neves, a plateia explodiu em comemoração.

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