Amigo de Pimentel é suspeito de intermediar negócio com BNDES, diz revista

Hoje em Dia
01/08/2015 às 11:10.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:10
 (Reprodução Internet)

(Reprodução Internet)

Amigo do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e denunciado pelo Ministério Público Federal, o empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené, é suspeito de intermediar negócios com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) utilizando empresas de fachada. Os negócios ocorreram quando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior era ocupado por Pimentel. O BNDES é subordinado à pasta. A denúncia veio à tona neste sábado (1º), publicada pela revista Época.

Conforme a revista, "em fevereiro de 2012, o BNDES financiou a construção de uma fábrica da Hyundai em Piracicaba, São Paulo, por R$ 218 milhões. Ainda em 2012, o governo lançou o programa Inovar Auto, como forma de modernizar a indústria automobilística em troca de isenções fiscais. Em 2013, a montadora foi habilitada para iniciar a produção do veículo ix35, além de importar carros com desconto no IPI. Uma das portarias assinadas por Pimentel autoriza a importação de 2 mil veículos. Uma das principais apostas da Caoa, a linha de produção do ix35 foi inaugurada em 17 de outubro de 2013, com a participação de Pimentel".

De acordo com a Época, notas fiscais de duas empresas de Bené, a Bridge e a BRO, mostram que  a Caoa repassou R$ 2,21 milhões a elas. Os repasses foram feitos em outubro de 2013 e junho de 2014. A publicação diz que as empresas supostamente são de fachada e os repasses são investigados pela Polícia Federal. Os federais abriram inquérito para analisar se recursos públicos foram parar na campanha de Pimentel, via Bené e também por meio de empresa pertencente à esposa do atual governador, Carolina Oliveira.

À revista, o advogado de Pimentel, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o petista “jamais fez qualquer pedido”. “A investigação tem se desenvolvido, infelizmente, com uma conotação política e a PF não possui nenhum indício sequer de qualquer irregularidade da conduta do governador”. A defesa de Bené informou que não comenta o caso porque o inquérito é sigiloso. E a defesa da Caoa nega qualquer irregularidade.

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