Apoiadores de Bolsonaro fazem manifestação em BH e Zema é vaiado durante ato

Lucas Eduardo Soares
lsoares@hojeemdia.com.br
21/10/2018 às 11:22.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:21
 (Lucas Soares/Hoje em Dia)

(Lucas Soares/Hoje em Dia)

Vestidos de verde e amarelo, manifestantes favoráveis ao candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro (PSL), chegaram cedo à Praça Diogo Vasconcellos, na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, neste domingo (21). Estimativa da organização dá conta de que 40 mil pessoas foram às ruas.

A mobilização é nacional e realizada em outras 240 cidades do país pelo Movimento #vemprarua, com o lema "#PTNÃO para o Brasil não virar uma Venezuela". "Eles (políticos do PT) nem chegaram ao poder e já querem censurar, acabar com o WhatsApp, controlar a mídia, convocar nova constituinte. Se isso não é ditadura, não sei o que é", diz o motofretista Emílio Ferreira Lima, de 29 anos.

Um dos organizadores do evento, Leonardo Vitor, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), disse que o grupo quer "a retirada do PT". "Nós prezamos pela retirada do PT do estado de Minas Gerais, assim como de todo o Brasil. Conseguimos tirar o Pimentel e a Dilma nas urnas", falou. 

Pela manhã, a Prefeitura de Belo Horizonte chegou a pedir que manifestação fosse adiada de 10h para 11h da manhã e passasse para a Praça da Liberdade, por causa de um outro evento programado para o local. Alguns chegaram a se reunir em frente ao Palácio da Liberdade, mas no fim da manhã, desceram a avenida Cristóvão Colombo e se concentraram mesmo na região da Savassi.

Vaias

O candidato Romeu Zema (Novo), líder nas pesquisas de intenção de voto ao governo de Minas e apoiador declarado de Jair Bolsonaro, participou do ato, mas foi vaiado ao chegar na manifestação favorável ao presidenciável do PSL. Zema falou brevemente com a imprensa e comentou a recepção. Manifestantes gritavam "fora, Zema" e chamavam o candidato de "oportunista".

"É normal (receber vaias) no sistema democrático", disse o candidato. Ele ainda ponderou que permaneceria na manifestação, mesmo sob protestos. "Apesar de não concordar 100% com as ideias, Bolsonaro é a melhor opção", falou o empresário. 

Em nome do partido

Ovacionada, Joice Hasselmann, deputada federal eleita por São Paulo pelo mesmo partido de Bolsonaro, inflamou a multidão na Praça da Savassi. Em cima do carro de som com os organizadores do evento, a jornalista disse que "temos um longo trabalho pela frente. Precisamos dar resposta nas urnas. E a história vai ser pelo presidente mais votado da história desse país: Bolsonaro". 

"Nos acusam de sermos fascistas, machistas, homofóbicos, violentos, ditadores. Nos acusam de tudo o que eles são. Mas quem tomou a facada e quase morreu?", disse a futura parlamentar antes de arremessar flores brancas aos manifestantes. "Queremos a paz."Lucas Eduardo Soares/Hoje em Dia 

Manifestação contrária

Nesse sábado (20), movimentos políticos e ativistas contrários a Jair Bolsonaro se reuniram na Praça da Estação, região Central da capital mineira. Eles prestaram homenagem ao Mestre Moa do Katendê, de 63 anos, assassinado em Salvador (BA), após declarar voto no candidato petista Fernando Haddad.

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