Artesãos de carteira na mão; Pimentel entrega documento a trabalhadores manuais

Hoje em Dia
19/03/2018 às 18:42.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:56
 (Carlos Alberto/Imprensa MG)

(Carlos Alberto/Imprensa MG)

O Dia Nacional do Artesão, celebrado neste 19 de março, contou com uma comemoração especial para dona Cecília Matias do Carmo Ferreira. A artesã, de 80 anos, nascida e criada em Ouro Preto, na região Central de Minas, e conhecida pelo trabalho manual de ponto de arraiolo, recebeu das mãos de Fernando Pimentel a Carteira Nacional do Artesão. 

O documento regulamenta a atividade artesanal e possibilita que o trabalhador tenha acesso a aulas de capacitação, feiras e eventos ligados ao artesanato. Ele ainda permite a compra de matérias-primas e insumos para a produção com descontos em estabelecimentos conveniados. A Carteira Nacional do Artesão foi criada em 2012 pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

“Esse programa fui eu quem criei quando era ministro da Indústria e Comércio Exterior, durante o governo da presidente Dilma. Não tínhamos nenhum projeto de apoio ao artesanato. Além de ter uma identidade como artesão, profissionalizado o trabalho, ela concede direito a crédito nos bancos oficiais, além de descontos para o artesão em diversos estabelecimentos”, explicou o governador.

Crescimento

A partir do lançamento do programa + Artesanato, em 2017, o artesanato passa a ser trabalhado como mais um importante setor de desenvolvimento econômico de Minas Gerais. O programa, além de agregar as diversas iniciativas adotadas pelo governo, permitiu a abertura do diálogo com a categoria em várias cidades, inclusive em Ouro Preto.

O cadastramento dos artesãos mineiros é uma das importantes ações desenvolvidas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif). Somente durante a gestão de Fernando Pimentel, houve crescimento de 170% do número de artesãos mineiros cadastrados pelo Núcleo de Artesanato da Seedif, comparado ao período de 2008 a 2014.

Essa ação tem como objetivo a valorização do artesão, a profissionalização do ofício, a criação de mais oportunidades para os trabalhadores manuais, geração de emprego e renda e o mapeamento do ofício no Estado, permitindo identificar as vocações regionais para a elaboração de políticas públicas para o setor.

Experiente e conhecida

Com 56 anos de experiência na produção de tapetes, colchas e demais produtos artesanais com os chamados pontos de arraiolo, dona Cecília se tornou referência em Ouro Preto nessa técnica secular, característica da vila de Arraiolos, no Alentejo, em Portugal. 

A artesã vende o produto nas feiras e lojas de Ouro Preto, além de participar de exposições em outras cidades. Dona Cecília já teve seu trabalho vendido para turistas de diversas regiões do país e até fora dele.

“Fiquei muito feliz com a visita do governador aqui, foi uma honra. Essa carteira significa muito para a gente, que somos pessoas trabalhadoras. Agora todo mundo pode ver que o nosso serviço é garantido, que sou eu mesma quem faço. É tudo feito à mão. Isso dá muito mais valor ao nosso trabalho. Tem trabalho que dura oito, nove meses para terminar. É feito ponto por ponto”, contou.

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