Aston Martin entra no mercado de SUV com DBX

Marcelo Jabulas
22/11/2019 às 17:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:47
 (Aston Martin)

(Aston Martin)

A dominação está perto de ser total. Calma, não estamos falando de algo diabólico planejado por um super vilão excêntrico, sentado numa cadeira alisando um bichano peludo. Mas não há como negar que toda a indústria do automóvel curvou-se ao império dos utilitários-esportivos (SUV’s). Até mesmo a Aston Martin, marca cativa do espião James Bond, rendeu-se aos largos para-choques dos jipões. A marca acaba de apresentar o DBX, primeiro utilitário em seus 106 anos de existência.

O DBX é um projeto que vinha sendo levado em banho-maria há mais de cinco anos, quando fabricante de esportivos e carros de alto luxo resolveram entrar nesse segmento. E a demora em ficar pronto tem lá suas razões. Ele adota novos recursos de engenharia, como carroceria construída com placas de alumínio coladas. 

Segundo a fabricante, esse novo processo de fabricação reduziu o peso final do carro, na ordem de 2.245 quilos. Parece muito, mas quando se trata de um imenso SUV de luxo, é uma massa razoável. 

Sob o capô, recorre ao V8 biturbo 4.0 de 550 cv e 70 mkgf de torque, fornecido pela Mercedes AMG. Os alemães trabalham junto com a Aston Martin há um bom tempo e vendem seu V8 para uso em modelos como o DB11 e Vantage. 

A unidade é acoplada a uma transmissão automática de nove marchas e também atua junto com sistema de tração integral com diferencial eletrônico eDiff. Toda essa parafernália é capaz de fazer com que o jipão acelere de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e atinja a velocidade máxima de 290 km/h.

Coisa de cinema
Para garantir que esse carro permita que James Bond fuja de toda sorte de vilões, ainda tem sistema de anti-rolagem elétrico de 48v (eARC) com 14 mkgf de torque, que entrega ao DBX um comportamento dinâmico semelhante ao dos cupês e conversíveis da marca. O sistema evita o balanço excessivo da carroceria em velocidades elevadas, mantendo o carro estável nas curvas, evitando a perda de controle direcional.

O sistema ainda atua junto com a suspensão pneumática que permite elevação da altura em 45 mm e também permite que o jipão “agache” em até 50 mm. Assim o DBX é capaz de encarar trilhas caroquentas e também se portar como um cupê no asfalto. 

Por dentro
Um homem que bebe champanhe Bollinger 1961 e usa relógios Omega não encosta sua pele de agente secreto em qualquer acabamento. Pode até ser torturado ou desabar junto de um prédio, mas 007 não tolera acabamento vagabundo. O DBX conta com padrão de acabamento digno de quem flerta com a realiza. O interior é todo revestido em couro. Até nas colunas há o tecido animal. 

O jipão oferece quadro de instrumentos digital, uma grande tela multimídia com uma infinidade de funções, teto solar panorâmico, bancos com ajustes elétricos, ar-condicionado de múltiplas zonas e tudo mais alguém que ganha a vida salvando o mundo precisa. E se o amigo não tem licença para matar e muito menos o fôlego do James Bond, basta ter uma conta bem recheada para levar esse brinquedão para casa. 

Ele custará 193 mil euros (R$ 900 mil) na Europa. Mas fique sabendo que o jipão ainda demora alguns meses para estrear por lá (só no segundo semestre de 2020) e não há mais representação da marca no Brasil. Talvez você precise de amigos influentes, como Mr. Bond!

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