Audi injeta veneno no elétrico e-tron, com versão S

Marcelo Jabulas
@mjabulas
03/07/2020 às 23:39.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:56

Na gama Audi, é padrão que todos os modelos recebam versões S, que correspondem a uma linha de alto desempenho. S3, S4, S5 e por aí em diante. São modelos que recebem motores mais potentes, ajustes de suspensão e transmissão para melhor performance. Mas como fazer quando se trata de um carro elétrico que já conta com dois motores que somam 400 cv? Simples: adicione mais um motor, rodas ainda maiores e alargue a carroceria em 5 cm. Foi o que a Audi fez com o e-tron S, que acaba de ser revelado com carroceria padrão e também na estilo cupê, Sportback.

O grande barato dessa versão foi a inclusão de um terceiro motor, que passa a fazer companhia à unidade traseira. Combinados, os três motores entregam 503 cv ao SUV, além de absurdos 97,3 mkgf de torque, que estão presentes a todo instante. 

Para quem não sabe, o e-tron, como todo elétrico, utiliza um sistema de transmissão de marcha única e que distribui o torque sob demanda. E como há três motores, o frontal traciona as rodas dianteiras e os traseiros ficam responsáveis por cada uma das rodas. 

No entanto, a distribuição é feita por um sistema que integra a vetorização de torque, controles de tração e estabilidade. Assim, consegue-se uma condução mais segura, mas também eficiência energética.

Performance

O e-tron é um carro com mais de 2,5 toneladas. A versão “básica” acelera de 0 a 100 km/h em vitaminados 5,7 segundos. Já o e-tron S reduz para 4,5 segundos. Com toda essa potência, uma trinca de motores e torque de caminhão Scania, é de se imaginar que o jipão elétrico atinja velocidades superlativas. Ele até poderia, mas a máxima é limitada 210 km/h. Sim, ele é mais lento que um A1.

Mas há uma razão para isso. Pois quanto maior a velocidade máxima, menor seria a eficiência enérgica – leia-se autonomia das baterias. Pois, para manter a constância de uma velocidade elevada, é preciso consumir muita energia das baterias, assim a autonomia despencaria drasticamente. E para garantir 360 quilômetros de autonomia, a Audi restringiu a máxima do jipão. 

Outro recurso para garantir melhor eficiência é a desativação do motor dianteiro. Em uso normal, apenas as unidades traseiras deslocam o carro. Mas o acionamento da unidade frontal é imediata, assim que se exija maior oferta de torque.

Estilo

Visualmente o e-tron já é um carro extremamente arrojado, com seus faróis LED Matrix (que funcionam como se fossem um data show, projetando a luz por pixels) e as câmeras no lugar dos retrovisores. Agora ele recebeu rodas ainda maiores. Além das rodas aro 20, convencionais, ele ainda pode receber versões com 21 ou 22 polegadas e pneus de banda de rodagem tão larga que exigiram que os para-lamas fossem alargados 23 milímetros, elevando a largura da carroceria em 5 cm.

Por dentro, o e-tron S conta com a mesma sofisticação da versão padrão, mas adiciona decoração mais arrojada com uso de alcântara e bancos mais esportivos. Tecnológico, há cinco telas no interior. Duas nas portas para fazer a função dos retrovisores, um para o quadro de instrumentos, outra para a central multimídia e a quinta para controlar a climatização. 

Já em termos de assistentes de condução, o modelo oferece tudo que se pode exigir em condução semi-autônoma, como controle de cruzeiro adaptativo, monitor de faixa de rodagem, detector de obstáculos, sensor de tráfego cruzado, assim como alerta de ponto e visão 360 graus. 

Vendas

As vendas estão programadas para iniciar em setembro, no mercado europeu, com valores que variam de 93.800 euros a 95 mil euros, no caso do Sportback. Por aqui, ainda não há confirmação da chegada, mas como a Audi acabou de anunciar que fará o desembarque de modelos como RS Q3, RS Q8 e outros apimentados de sua gama, não duvide que ele apareça em 2021, com preço que pode ultrapassar os R$ 600 mil.

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