Automóvel clube será restaurado e ampliado

Hoje em Dia
24/08/2013 às 07:44.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:16

O mais recente pré-candidato a governador no campo do PSDB e aliados, o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga, estaria cometendo os mesmos erros que seus concorrentes ao se antecipar à definição oficial. Após sua volta a Belo Horizonte (ele vivia em Brasília há 15 anos e fora da política), tem se reunido com deputados do grupo, é recebido em jantares de aliados e telefona até para rivais. Tal desenvoltura, deixando passar a ideia de uma situação definida, irritou a base governista, incomodou os outros pré-candidatos e o levou a receber recomendações da direção estadual do PSDB para ir devagar com o andor.   A sensação que passou, até para os próprios tucanos, foi a de que se deixou picar por uma conhecida mosca de cor azul, muito comum no meio político, apesar de já ter sido vacinado por sua vasta experiência pessoal e política.    Há alguns meses – antes de Pimenta reaparecer no cenário político –, o presidente nacional do PSDB e senador, Aécio Neves, e o governador Antonio Anastasia (PSDB) reuniram, no Palácio das Mangabeiras (residência oficial do governador), os principais pré-candidatos – entre eles, o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB), e o presidente regional tucano, Marcus Pestana. Aécio tentou em vão dar um freio de arrumação na turma, que estava saindo fora do controle.   Como a situação permaneceu sem controle, Marcus Pestana “inventou” a alternativa Pimenta, que recebeu o aval de Aécio para abrir o leque e ser mais um eventual candidato e não o candidato. O ex-prefeito havia manifestado resistências iniciais (rejeitou disputar o Governo de Brasília), mas depois foi convencido e acabou se entusiasmando com Minas. Agora, está com sede à procura do pote. Resultado, o grupo de Aécio tem, hoje, cinco pré-candidatos (boa parte magoados com o jogo jogado), e quem tem esse leque, ao final, não tem nenhum.    Se Pimenta foi lembrado da tal mosca, ou tem outra orientação que o blinde da vaidade, não pode ignorar que política é composição. Na próxima segunda, ele receberá um gesto de reinserção política e de afago que nenhum dos outros pré-candidatos recebeu. Será empossado presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV/MG) em ato político maior do que o órgão partidário e que será conduzido por Aécio e Anastasia, na presença de deputados federais e estaduais e aliados.   A opção por Pimenta pode se acelerar a partir daí, mas a sucessão estadual ainda está dependente do quadro nacional. O elenco de pré-candidatos da situação faz lembrar a sucessão do governador (presidente de Minas à época) Antônio Carlos Andrada, em 1930, pelo Partido Republicano Mineiro. Dono da situação e do tempo, a exemplo de Aécio hoje, Antônio Carlos chamou os três pré-candidatos e pediu que eles se entendessem. Como não houve acordo nem consenso entre eles, Antônio Carlos indicou, para não desagradá-los, um tertius, e assim Olegário Maciel virou governador.

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