Após mais de duas horas de reunião no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, prefeitura de Belo Horizonte e representantes do comércio chegaram a um acordo sobre a reabertura de bares e restaurantes na capital mineira. O anúncio oficial deve ser feito pelo prefeito Alexandre Kalil na manhã desta quinta-feira (27).
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Paulo Solmucci, adiantou que a flexibilização para os bares terá início na próxima sexta-feira, dia 4 de setembro. Segundo ele, o combinado é que o funcionamento aconteça na sexta, das 17h às 22h, e sábado e domingo, das 11h às 22h, com venda de bebidas alcoólicas. Entre segunda e sexta-feira, o funcionamento continuará limitado ao período de 11h às 15h, sem venda de bebida alcoólica, para o atendimento de almoço.
Não haverá restrição para transmissão de jogos de futebol e os estabelecimentos devem seguir regras. “Vai todo mundo trabalhar junto para uma retomada mais segura. Os estabelecimentos vão respeitar os protocolos, com afastamento de cadeiras e uso de máscaras por funcionários. Os clientes deverão usar as máscaras quando não estiverem às mesas”, adiantou.
De acordo com Solmucci, ficou acertado que a mudança acontecerá na semana que vem para que a administração municipal tenha tempo para ampliar o transporte público nos horários demandados. Mas ainda é difícil dizer quantas pessoas voltarão a trabalhar nesse primeiro momento de reabertura dos bares. "Fizemos uma pesquisa e verificamos que 42% não tinham condições de comprar produtos para reabrir. O setor vive um momento de terra arrasada".
O Hoje em Dia teve acesso ao Termo de Conciliação, assinado por Alexandre Kalil, pelo secretário municipal de saúde, Jackson Machado, e por diretores de entidades representativas, como Abrasel, Sindilojas e Sindibares. O acordo prevê uma experiência de reabertura dos bares por dois fins de semana (4, 5, 6, e 11, 12 e 13 de setembro). A manutenção do plano de flexibilização dependerá dos índices de monitoramento da epidemia da Covid-19 na cidade.
Com o acordo, disputas judiciais referentes à reabertura de bares e restaurantes em BH perdem efeito.